¿CRISIS DE LA HISTORIA PARA QUIÉN? PRODUCCIÓN HISTORIOGRÁFICA NEGRA Y OTRAS POSIBILIDADES PARA LEER EL TIEMPO
CRISIS OF HISTORY FOR WHOM? BLACK HISTORIOGRAPHICAL PRODUCTION AND OTHER POSSIBILITIES FOR READING TIME
Resumen
Este artículo analiza la hipótesis del fin de la Historia propuesta por François Hartog, vinculándola con la crisis de la historiografía tradicional y su fundamento eurocéntrico. A través de la noción de presentismo, el estudio problematiza la transformación del tiempo histórico y sus implicaciones para la escritura de la Historia. En diálogo con autores como Koselleck, Le Goff, Quijano y Mignolo, el texto examina la colonialidad del saber y el papel de los documentos en la construcción de una memoria histórica excluyente. Además, destaca la historiografía negra como una alternativa a las narrativas hegemónicas, proponiendo una mirada decolonial para la comprensión del pasado. El artículo concluye que la crisis de la Historia no es universal, sino una ruptura del modelo historiográfico eurocéntrico, lo que abre espacio a múltiples perspectivas históricas.
Citas
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo de uma história única. Tradução de Júlia Romeu. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
ASSUNÇÃO, Marcello Felisberto Morais de. TRAPP, Rafael Petry. É possível indisciplinar o cânone da história da historiografia brasileira? Pensamento afrodiaspórico e (re) escrita da história em Beatriz Nascimento e Clóvis Moura. Revista Brasileira de História. São Paulo, v.41, nº88, 2021. 229-252. Disponível em https://doi.org/10.1590/1806-93472021v41n88-12. Acesso em 06/06/2025.
BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito de história. In: Obras escolhidas I: Magia e Técnica, Arte e Política. Trad. S.P. Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 2011.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EdUfba, 2008.
FREYRE, Gilberto. O escravo nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX. 1ª ed. digital. São Paulo: Global Editora, 2012.
HARTOG, François. Crer em História. Trad. Camila Dias. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
HARTOG, François. Regimes de historicidade: presentismo e experiências do tempo. Tradução de Andrés Riedel. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.
KOSELLECK, Reinhart. O Conceito de História. Trad. René Gertz. Belo Horizonte: Autêntica, 2013. pp.119-146.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. São Paulo: Ed. Unicamp, 2003.
MIGNOLO, W. D. Histórias locais/Projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Tradução: Solange Ribeiro de Oliveira. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.
MIGNOLO, W. D. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 32, n. 94, p. 3-18, jun. 2017. Disponível em: https://doi.org/10.17666/329402/2017. Acesso em: 06/06/2025.
NASCIMENTO, Maria Beatriz (1942-1995). O negro visto por ele mesmo. Alex Ratts (Org.). São Paulo: Ubu Editora, 2022.
NIETZSCHE, Friedrich. Sobre a utilidade e a desvantagem da história para a vida. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, Buenos Aires, p. 117-142, 2005.
RÜSEN, Jörn. Razão histórica: teoria da história: fundamentos da ciência histórica. Tradução de Estevão de Rezende Martins. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.
Declaro que, caso este manuscrito seja aceito, concordo que mantenho os direitos autorais e concedo à Revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons (CC-BY) que permite o compartilhamento com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" /></a><br />Este obra está licenciado com uma Licença <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional</a>.