Emergentismo e representância: o debate historiográfico entre White e Ricoeur

Emergentism and representance: the historiographic debate between White and Ricoeur

  • Dagmar Manieri Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Palavras-chave: Emergentismo, história, epistemologia, linguagem, m

Resumo

O objetivo desse artigo é um estudo sobre o estatuto epistemológico do conhecimento histórico através do pensamento de Hayden White e Paul Ricoeur. Desde a década de 1970, White tem investido contra o suposto “realismo” da narrativa histórica. Em sua perspectiva, o pretenso conhecimento histórico é um efeito das figuras de linguagem. É em torno dessas objeções de White que Ricoeur elabora um pensar de ordem epistemológica sobre o conhecimento histórico. Sem rejeitar totalmente o pensamento de White, Ricoeur propõe um novo estatuto para a objetividade dos estudos históricos.

Biografia do Autor

Dagmar Manieri, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Professor Associado do Curso de História da Universidade Federal do Tocantins (UFT), campus de Araguaína. Leciona a disciplina de Teoria da História (Graduação e no Programa de Pós-Graduação em Ensino de História – PPGEHIST). Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Referências

DOSSE, François. Paul Ricoeur: um filósofo em seu século. Tradução de Eduardo L. P. de Azevedo. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2017.

EL-HANI, Charbel N.; PIHLSTRÖM, Sami. “Realismo, pragmatismo e emergência” In: SMITH, Plínio J.; SILVA FILHO, Waldomiro J. Significado, verdade, interpretação: Davidson e a filosofia. São Paulo: Edições Loyola, 2005.

FEYERABEND, Paul. Adeus à razão. Tradução de Vera Joscelyne. São Paulo: Editora da UNESP, 2010.
LE GOFF, Jacques. A História Nova. 5ª Ed. Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

MALERBA, Jurandir (Org.). A história escrita: teoria e história da historiografia. São Paulo: Editora Contexto, 2008.
NAGEL, Ernest. NEWMAN, James R. A prova de Gödel. Tradução de Gita K. Guinsburg. São Paulo: Editora Perspectiva, 2003.

RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Tradução de Alain François [et al.]. Campinas: Editora da UNICAMP, 2014.

RICOEUR, Paul. A metáfora viva. Tradução de Dion D. Macedo. São Paulo: Edições Loyola, 2000.

RICOEUR, Paul. Escritos e conferências II: hermenêutica. Tradução de Lúcia P. de Souza. São Paulo: Edições Loyola, 2011b.

RICOEUR, Paul. Hermenêutica e ideologias. Tradução de Hilton Japiassu. Petrópolis: Editora Vozes, 2011a.

RICOEUR, Paul. Na escola da fenomenologia. Petrópolis: Editora Vozes, 2009.

RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa I: a intriga e a narrativa histórica. Tradução de Claudia Berliner. São Paulo: wmf Martins Fontes, 2010a.

RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa II: a configuração do tempo na narrativa de ficção. Tradução de Márcia V. M. de Aguiar. São Paulo: wmf Martins Fontes, 2010b.

RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa III: o tempo narrado. Tradução de Claudia Berliner. São Paulo: wmf Martins Fontes, 2010c.

VOLTAIRE. Conselhos a um jornalista. Tradução de Márcia V. M. de Aguiar. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

WHITE, Hayden. Meta-história: a imaginação histórica do século XIX. Tradução de José L. de Melo. São Paulo: EDUSP, 2008.

WHITE, Hayden. Trópicos do discurso: ensaios sobre a crítica da cultura. Tradução de Alípio C. de Franca Neto. São Paulo: EDUSP, 2014.

WITTGENSTEIN, Ludwig. Tractatus logico-philosophicus. Tradução de Luiz Henrique L. dos Santos. São Paulo: EDUSP, 2010.
Publicado
2020-07-01