Pontes feitas apenas “com papéis” não transpõem abismos? As relações de gênero entre novas formas de pensar a história e o ensino de história.

  • Ana Carolina Eiras Coelho Soares Universidade Federal de Goiás
  • Danielle Silva Moreira dos Santos Universidade Federal de Goiás

Resumo

O presente artigo visa refletir sobre a produção de aulas oficinas e textos de apoio  propostos com o objetivo de promover entre as/os aluna/os novas maneiras de se pensar a história, dando visibilidade às mulheres, as feminilidades e masculinidades e as questões de gênero. Neste sentido, as mulheres esquecidas são recolocadas e recuperadas na História. Por meio do incentivo da bolsa PROLICEN, fomos levadas a analisar de que forma e o porquê as mulheres são, ou não, lembradas e solicitadas durante aulas de História. Assim, esse trabalho é uma pesquisa que busca levantar questionamentos, dúvidas e possíveis soluções, cujo esforço visa ampliar os debates acerca do ensino de História a partir dos estudos de gênero e história das mulheres que por meio de esforços como os dessa pesquisa invadem e transbordam o abismo no ambiente escolar.

Biografia do Autor

Ana Carolina Eiras Coelho Soares, Universidade Federal de Goiás
Prof.ª Adjunta do Programa de Pós-Graduação em História/Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás; Coordenadora do GT regional de Gênero - Seção Goiás e Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Gênero/FH-UFG/CNPq.
Danielle Silva Moreira dos Santos, Universidade Federal de Goiás
Bolsista PROLICEN UFG e Membro do Grupo de estudos e pesquisa em gênero FH/UFG.

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Publicado
2015-07-03
Edição
Seção
Dossiê