DE LIOZ À CARRARA: AS TRAJETÓRIAS DAS MARMORARIAS ÍTALO- AMAZONENSE E A REFORMADORA E A ARTE TUMULAR EM MANAUS-AM

FROM LIOZ TO CARRARA: THE TRAJECTORIES OF THE ITALO-AMAZONENSE AND A REFORMER MARBLE FACTORIES AND TOMB ART IN MANAUS-AM

Resumen

Os cemitérios oitocentistas possuem o melhor da arte escultórica de outrora. São anjos, anjinhos, pranteadoras, cruzes, colunas, capelas, famílias inteiras representadas no último adeus, uma profusão de símbolos sagrados e profanos impressos em mármores de Lioz e Carrara. Essas peças eram adquiridas em marmorarias especializadas em obras tumulares, que contavam com grandes estoques de pedras e possuíam uma equipe de técnicos e artistas diplomados. No presente estudo serão reconstituídas as trajetórias das primeiras marmorarias de Manaus entre fins do século XIX e as primeiras décadas do século XX, que foram a Ítalo-Amazonense e A Reformadora, ambas de italianos, e analisadas suas produções que se encontram no Cemitério de São João Batista.

 

Palavras-chave: Marmorarias, Arte tumular, Manaus.

Biografía del autor/a

Fábio Augusto de Carvalho Pedrosa, Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Graduado e Mestrando em História (UFAM), Professor de História no curso preparatório Paradigma, criador do blog História Inteligente e consultor em História.

Citas

BENCHIMOL, Samuel. Amazônia – Formação Social e Cultural. 3° ed. Manaus: Editora Valer, 2009.

BARBOSA, Leite. In Memorian. Jornal do Commercio, 02/11/1972.

CAPPELLI, Vittorio. La presenza italiana in Amazzonia e nel nordest del Brasile tra Otto e Novecento. In: CAPPELLI, Vittorio; HECKER, Alexandre. Italiani in Brasile. Rotte migratorie e percoi culturali, Rubbettino, Soveria Manelli, p. 105-143, 2010.

DERENJI, Jussara da Silveira. Arquitetura Nortista: a presença italiana no início do século XX. Manaus: SEC, 1998.

DIAS, Pollyana D’Avila Gonçalves. A arquitetura Neogótica no Período da Borracha: um estudo tipológico das construções de Manaus. Dissertação (Mestrado em Letras e Artes), PPGLA-UEA, 2013.

MENDES, Cibele de Mattos. A cantaria de Lioz na arquitetura funerária de Salvador no século XIX. Tese (Doutorado) – Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Arquitetura, Salvador, 2016.

MESQUITA, Otoni Moreira de. Manaus: história e arquitetura (1669-1915). 4° ed. Manaus: Editora Valer, 2019.

MARTINS, Carla Mara Matos Aires. Representações na Cidade dos Mortos: uma análise da escultura tumular em Manaus durante o período da borracha. UEA, (Dissertação de Mestrado em Letras e Artes), 2021.

QUEIROZ, J. Francisco F. Canteiros de Lisboa: os construtores do cemitério romântico. Olisipo, Boletim do Grupo "Amigos de Lisboa", 2ª série, n.º 13, p. 55-70, Dezembro de 2000.

RODRIGUES, Paula Andréa Calluf. Duas faces da morte: o corpo e a alma do Cemitério Nossa Senhora da Soledade, em Belém/PA. Rio de Janeiro: IPHAN (Dissertação de Mestrado), 2014.

REVISTA dos Monumentos Sepulchraes. Lisboa (PT), v. 1. 1868.

SOUZA, Elza. Do “Alto” da Minha Colina: sem os bucheiros o bairro de São Raimundo perdeu o encantamento. Manaus: Edições Muiraquitã, 2010.

VALLADARES, Clarival do Prado. Arte e sociedade nos cemitérios brasileiros. 2 vols. Rio de Janeiro: Conselho Federal de Cultura – MEC, 1972.
Publicado
2024-10-05