Impactos da BNCC na formação de professores de História para os Anos Iniciais
Resumo
A definição e a implantação de uma base comum curricular, além de evidenciarem as disputas em torno de projetos políticos distintos, fomentam o debate sobre a formação e atuação de professores, uma vez que para a efetivação das novas diretrizes normativas é necessário ressignificar as práticas docentes e adaptá-las ao projeto político em curso. Desse modo, fica latente a ideia de que a efetivação de qualquer diretriz educacional passa, necessariamente, pela mudança nos cursos de licenciatura, nos currículos das redes, nos materiais didáticos e nos mecanismos de avaliação dos resultados. Nessa perspectiva, este artigo apresenta, em linhas gerais, o processo de elaboração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o que se estabeleceu na versão final para a área de História, especialmente para os Anos Iniciais. Além disso, discute os possíveis impactos do documento na formação de professores nos cursos de Pedagogia.
Referências
ABUD, K. M. O ensino de História nos anos iniciais: como se pensa, como se faz. Antíteses. v. 5, n. 10, p. 555-565, jul./dez. 2012.
AZEVEDO, P. B. O Desafio do ensino de História nos anos iniciais: a questão do nacionalismo. Atos de Pesquisa em Educação. v. 5, n. 3, p. 338-355, set./dez. 2010.
BITTENCOURT, Circe. M. F. Ensino de História: fundamentos e métodos. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2011.
__________. Reflexões sobre o ensino de História. Estudos Avançados, n.32, p. 127-149, São Paulo, 2018
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: História e Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BRASIL, MEC. Planejando a Próxima Década. Conhecendo as 20 Metas do Plano Nacional de Educação. Ministério da Educação/Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (MEC/Sase): Brasília, DF., 2014.
BRASIL, MEC. Texto Preliminar do documento BNC. Brasília: SEE, 2015.
BRASIL, MEC. BNCC – Base Nacional Curricular Comum. Brasília: SEE, 2017.
BRASIL. LDB – Leis de Diretrizes e Bases. Lei nº 9.394. 1996. Disponível em: Acesso em: 10/09/ 2019.
CERRI, Luiz Fernando. Ensino de História e Consciência Histórica: implicações didáticas de uma discussão contemporânea. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 2011.
CHESNEAUX, J. Devemos fazer tábula-rasa do passado? Sobre história e historiadores. Trad. Marcos Silva. São Paulo: Ática, 1995.
FERRAZ, Ana P. do C. M; BELHOT, Renato V. Taxonomia de Bloom: revisão teórica e apresentação das adequações do instrumento para definição de objetivos instrucionais. Gestão & Produção, São Carlos, v. 17, n. 2, p. 421-431, 2010.
FONSECA, S. G. Didática e prática de ensino de História: experiências, reflexões e aprendizados. Campinas: Papirus, 2003.
LAVILLE, C. A guerra de narrativas: debates e ilusões em torno do ensino de História. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 19, nº 38, p. 125-138. 1999.
LEE, Peter. Literacia histórica e história transformativa. Educar em Revista. Curitiba, n 60, abr/jun 2016.
MACEDO NETO, Manoel P. Parâmetros Curriculares Nacionais De História: desafios e possibilidades da história ensinada na Educação Básica. Revista História em Reflexão. Dourados, UFGD, Vol. 3, n. 6, p.1-11, jul/dez 2009.
PIMENTA, S. G; FUSARI, J. C; PEDROSO, C. C. A; PINTO, U. de A. Os cursos de licenciatura em pedagogia: fragilidades na formação inicial do professor polivalente. Educação e Pesquisa. São Paulo, vol.43, n.1, p.15-30, Jan./Mar. 2017.
PINTO JR, A; BUENO, J. B. G; GUIMARAES, M. F. A BNCC em pauta: quando nós vamos estudar nossa história?. MOLINA, A. H. M; FERREIRA, C. A. L. (Org.). Entre textos e contextos: caminhos do ensino de História. 1ed.Curitiba: Editora CRV, 2016, p. 61-82.
RÜSEN, Jörn. Didática: funções do saber histórico. História Viva. Brasília: Editora da UNB, 2007.
______. O desenvolvimento da competência narrativa na aprendizagem histórica: uma hipótese ontogenética relativa a consciência moral. SCHMIDT, Maria Auxiliadora; BARCA, Isabel; MARTINS, E. de R. (Orgs.). Jörn Rüsen e o Ensino de História. Curitiba: Ed. UFPR. 2011, p.51-77.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Cognição histórica situada: que aprendizagem histórica é essa?. In: BARCA, I. SCHMIDT, M. A. (orgs.) Aprender história: perspectivas da educação histórica. Ijuí: Ed. Unijuí, 2009, p.21-51.
SILVA, Marcos A.; FONSECA, Selva G. Ensino de história hoje: errâncias, conquistas e perdas. Revista Brasileira de História. São Paulo, vol. 31, n. 60, p. 13-33, 2010.
SILVA, Marcos A.; GUIMARÃES, Selva. A necessidade da História no ensino fundamental: dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) à Base Nacional Comum Curricular. In: VEIGA, Ilma P.A; SILVA, Edileusa Fernandes da. (Orgs). Ensino Fundamental BNCC – da LDB à BNCC. Campinas: Papirus, 2018, (kindle, posição 36519-3974).
VANSLEDRIGHT, B.; REDDY, K. Crenças epistêmicas em mudança? Um estudo investigativo do conhecimento entre futuros professores de história. Tempo e Argumento, v.6, n11, p. 69-112, 2014.
ZABALA, Antoni; ARNAU, Laia. Como aprender e ensinar competências. Porto Alegre: ArtMed, 2014.
Declaro que, caso este manuscrito seja aceito, concordo que mantenho os direitos autorais e concedo à Revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons (CC-BY) que permite o compartilhamento com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" /></a><br />Este obra está licenciado com uma Licença <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional</a>.