Pensando o papel social do historiador a partir da publicação do Manifiesto de Historiadores no Chile (1998-1999)

Thinking about the social role of the historian based on the publication of the Manifiesto de Historiadores in Chile (1998-1999)

  • Lays Correa Programa de Pós-graduação em História Social da UFRJ (PPGHIS/UFRJ)
Palavras-chave: disputas de memória; história e historiografia; Ditadura Militar Chilena.

Resumo

Em 1998, com a prisão do ex-ditador Augusto Pinochet em Londres, inicia-se um intenso debate historiográfico no Chile entre as diversas versões sobre o golpe 1973. Em meio a esses debates, um grupo de historiadores publicam um Manifesto no qual se posicionam contra a manipulação histórica sobre o período do pré-golpe de Estado no Chile e defendem uma determinada visão historiográfica sobre o passado recente chileno. Esses historiadores se posicionam principalmente contra a narrativa historiográfica de Gonzalo Vial, tradicional historiador conservador chileno, que esteve ligado à Ditadura Militar. Nosso objetivo nesse trabalho é, tomando como estudo de caso a experiência chilena, refletir sobre o papel social dos historiadores e sua inserção no debate público sobre os usos do passado.

Biografia do Autor

Lays Correa, Programa de Pós-graduação em História Social da UFRJ (PPGHIS/UFRJ)

Graduada em História na Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestra em História Social pelo PPGHIS/UFRJ. Doutoranda do Programa de Pós-graduação em História Social da UFRJ (PPGHIS/UFRJ).

Referências

Referências Bibliográficas
ARCE, Armando & NAVARRO, Miguel. El accidente Pinochet. Santiago: Editorial Sudamericana Chilena.
BAUER, Caroline. Como será o passado? História, historiadores e a Comissão Nacional da Verdade. São Paulo: Paco Editorial, 2017.
CATROGA, Fernando. Memória, História e historiografia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2015.
GERDTZEN, Felipe, PEREZ, Mónica. Augusto Pinochet: 503 días atrapado en Londres. Santiago: Editorial Los Andes, 2000.
GONZÁLEZ, Mario. Gonzalo Vial Correa. Las sinuosidades de una trayectoria intelectual, 1969-1991.
GREZ, Sergio e SALAZAR, Gabriel. Manifiesto de Historiadores. Santiago: LOM Ediciones, 1999.
JELIN, Elizabeth. Los trabajos de la memoria. Madrid: Siglo XXI de España Editores, 2002.
MUÑOZ, Heraldo. A sombra do ditador: memórias políticas do Chile sob Pinochet, Rio de Janeiro: Zahar, 2010.
QUADRAT, Samantha. Operação Condor: o “Mercosul” do terror. Estudos Ibero-Americanos, v. 28, n. 1, junho 2002, p. 167-182
SALAZAR, Gabriel. Dolencias históricas de la memoria ciudadana (Chile, 1810-2010). Santiago, 2013 apud DAHÁS, Nashla, As esquerdas radicais no Brasil e no Chile: pensamento político, história e memória nos anos de 1960 e 1970, 2015. Tese (Doutorado em História Social) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2015,
SOZA, Felipe. The Association of Chilean Historians in the United Kingdom, 1980-1989. Storia della Storiografia, n. 67 · 1/2015.
STERN, Steve & WINN, Peter . El tortuoso camino chileno a la memorialización. In: WINN, P. et alli (org.) No hay mañana sin ayer: batallas por la memoria histórica en el Cono Sur. Santiago do Chile, Ediciones de la Banda Oriental/LOM, 2014.
TRAVERSO, Enzo. Historia y Memoria. Notas sobre un debate. In: FRANCO, Marina e Levín, Florencia, Historia Reciente. Perspectivas y desafios para un campo en construcción. Buenos Aires: Editorial Paidós, 2007, pp. 6-7.

FONTES
PINOCHET, Augusto. Carta a los chilenos. Disponível em: Último acesso em 20/04/2020.
GONZALO VIAL. La violencia pone a Chile al borde de la guerra civil, Fascículos de Historia, La Segunda, 1998-1999. Consultados a partir do acervo da Biblioteca Nacional Chilena.
GREZ, Sergio e SALAZAR, Gabriel. Manifiesto de Historiadores. Santiago: LOM Ediciones, 1999.
Publicado
2020-07-01