“O povo tem mil olhos e mil ouvidos para ver e para ouvir”: O comício de 18 de março de 1942 em Curitiba sob a ótica da Análise do Discurso
Resumo
O objetivo desse artigo é analisar uma crônica veiculada na Gazeta do Povo de 20 de março de 1942, dois dias após um comício seguido de um ato de depredação violento e generalizado contra residências e comércios de propriedade de indivíduos de origem alemã em Curitiba a partir do exercício de conceitos da Análise do Discurso (AD) de linha francesa, cujo precursor teórico é Michel Pêcheux; procuraremos apresentar a contextualização do documento; suas condições de produção; suas interdições; efeitos de sentido; as figuras de linguagem utilizadas pelo enunciador; a autoridade dada a ele pelos enunciatários e como ela se desdobrou na ação coletiva através de uma ideologia autoritária existente nesse discurso e, por fim, compará-los num sentido mais amplo com as perspectivas de Vargas de manter o ideal nacionalista latente em todo território nacional.
Palavras-chave:Comício, autoritarismo e Análise do discurso (AD).Declaro que, caso este manuscrito seja aceito, concordo que mantenho os direitos autorais e concedo à Revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons (CC-BY) que permite o compartilhamento com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" /></a><br />Este obra está licenciado com uma Licença <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional</a>.