“Um verme passeia na lua cheia”: performance e cenicidade audiovisual em Ney Matogrosso na construção de um fazer artístico na década de 1970.
Resumo
No presente artigo traçaremos um panorama histórico sobre a trajetória artística do cantor Ney Matogrosso, a fim de compreendermos como o artista construiu historicamente o seu fazer artístico, desse modo, observar traços característicos de sua identidade artística em um diálogo com o contexto que suas obras se inserem. No caso a década de 1970. Em um balanço sobre esse período da história do país, Ditadura Militar, traremos ao centro desta proposta abordagens referentes a cultura, como o movimento Tropicalista; a banda Secos & Molhados, a qual Ney Matogrosso fora vocalista; a Contracultura e a questão da Indústria Cultural na década de 1970. Contanto, a partir disto angariaremos um repertório sobre o contexto da década de 1970, podendo-se assim elucidar as nuances de como se caracterizou a atuação artística e cultural do referente período. Portanto, elegemos Ney Matogrosso como um dos expoentes desta atuação artística devido a sua performance e cenicidade audiovisual que significou transgressões corpórea e visual, em um momento que o país estava sob as “garras” de uma repressão veemente atuante e supressora das diversas esferas da sociedade brasileira, sobretudo, a cultura.
Palavras- chave: Ney Matogrosso; Indústria Cultural; Performance.
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