Transformações da “fala franca” no mundo antigo
Resumo
Este trabalho pretende analisar a transformação do conceito parresía, estudada por Michel Foucault, traduzida por dizer a verdade, dizer o que pensa ser necessariamente a verdade, perante uma Assembleia, um superior ou perante um amigo. Michel Foucault apresenta este estudo nos cursos A hermenêutica do sujeito (1982), O governo de si e dos outros (1983) e A coragem da verdade (1984). Este conceito, parresía, fora estudado em um amplo quadro de práticas de si do cuidado de si, na Antiguidade Clássica. Foucault nos mostrou modos de construção de si pelo próprio sujeito, constituídos de práticas, exercícios em torno de si que possibilitava uma condução da vida e da alma na busca da felicidade e de uma velhice tranquila, sem medo da morte. Uma dessas práticas seria a parresía. Assim, relacionamos um escrito de Ésquines, Contra Ctesifonte 2-5, no qual este critica os oradores que se apresentam na Bulé e na Eclésia em Atenas no período clássico e tardio, e o Manual do candidato às eleições, de Cícero, com os estudos foucaultianos sobre o momento que esta prática perde espaço para a lisonja na tribuna das Assembleias gregas e se direcionou para as relações do sujeito consigo mesmo e com o Outro.
Edição
Seção
Ensaios de Graduação
Declaro que, caso este manuscrito seja aceito, concordo que mantenho os direitos autorais e concedo à Revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons (CC-BY) que permite o compartilhamento com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" /></a><br />Este obra está licenciado com uma Licença <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional</a>.