Sob a Insígnia do Trabalho: Notas Sobre a Potencialidade Transitivo Fundacional da Sociedade

  • Júlio Cezar Ribeiro

Resumo

Resumo: Tudo sempre muda. Às vezes, no entanto, as transformações são mais profundas, radicais se preferirmos, a ponto de como bifurcações histórico-geográficas se nos apresentarem. Toda mudança de era traz, devido a isso, inúmeras confusões. Alguns equívocos redundam de reflexões superficiais, para não dizermos ingênuas, ao passo que outros são programados intencionalmente, de modo perverso, para turvar e manipular mentes e fazeres, intentando que tragédias se repitam como farsas. Propomo-nos a aprofundar o conceito de trabalho, a partir, obviamente, de todas as pesquisas empíricas e bibliográficas que demarcam nossa trajetória. O motivo redunda do transe societal atual: a sociedade que passou por uma mudança departamental essencial, da centralidade do setor industrial para o de serviços, sobretudo afinado ao ramo financeiro, vendo cada vez mais o trabalho formal ser substitutído pelo informal, o trabalho material pelo imaterial; o que, jungido a outras metamorfoses em curso, dão o tom ao derradeiro pensamento único que se espraia de maneira avassaladora: o de que estamos à beira, ou já dentro, duma sociedade pós-industrial, uma sociedade do fim do trabalho. Apresentar antíteses que possam servir à compreensão holística é o que acalentamos, pois essa discussão teórica nada tem de abstrata e calha perfeitamente aos interesses da classe trabalhadora, num mundo no qual alguns, contraditoriamente, ora bradam inexistirem classes, ora outra trabalho, outras mais movimento, História... propagando ideologias sem-fim.

Palavras-chave: trabalho, emprego, ideologia.

 
Edição
Seção
Dossiê