História, memória e poder na história da historiografia brasileira
Resumo
Neste artigo, buscamos demonstrar como a questão nacional e os debates sobre a educação nacional fundem-se no pensamento de Manoel Bomfim, dando certa identidade que caracteriza o seu pensamento histórico que surge nas primeiras décadas do século XX como um contra discurso em relação ao IHGB. Neste sentido, seus textos, sobretudo, seus ensaios históricos da década de vinte dialogam criticamente com o projeto de escrita da história do Brasil produzido pelos institutos, colocando-se como uma antítese dessa cultura historiográfica. E apontando para novas possibilidades de produção de sentido a partir de um dialogo com outros elementos e símbolos, até certo ponto marginalizados, mas disponíveis na cultura histórica do período. Dessa forma, procuramos articular ao longo do texto as relações possíveis entre história, memória e poder na história da historiografia brasileira
Palavras-chave: Historiografia; História, Memória, Poder.
Referências
AGUIAR, R. C. O rebelde esquecido: tempo vida e obra de Manoel Bomfim. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999.
BOMFIM, M. A América Latina: males de origem. 3. ed. Rio de Janeiro: Topbooks, 1993.
FILHO, A. A. Manoel Bomfim: combate ao racismo, educação popular e democracia radical. São Paulo: Expressão Popular, 2008.
GUIMARÃES, M. L. S. Nação e civilização nos trópicos: o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o projeto de uma história nacional. Estudos Históricos, v, 1 n 1 Rio de Janeiro, 1988.
_______. Historiografia e nação no Brasil 1838-1857. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2011.
_______. Livro de fontes de historiografia brasileira. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2010,
KOSELLECK, R. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006.
MARTIUS, K. F. P. von. Como se deve escrever a História do Brasil. In: GUIMARÃES, M. L. S. Livro de fontes de historiografia brasileira. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2010.
ODALIA, N. As formas do mesmo: ensaios sobre o pensamento de Varnhagen e Oliveira Viana. São Paulo: Fundação Editora da Unesp, 1997.
OLIVEIRA, L. L. A questão nacional na Primeira República. São Paulo: Brasiliense; Brasilia: CNPq, 1990.
REIS, J. C. As identidades do Brasil II: de Calmon a Bomfim. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
RÜSEN, J. História viva: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: Editora da UNB, 2007.
SCHWARZ, M. L. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
SEVCENKO, N. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na Primeira República. São Paulo: Brasiliense, 1983.
WEHLING, A. Estado, história e memória: Varnhagen e a construção da identidade nacional. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
Declaro que, caso este manuscrito seja aceito, concordo que mantenho os direitos autorais e concedo à Revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons (CC-BY) que permite o compartilhamento com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" /></a><br />Este obra está licenciado com uma Licença <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional</a>.