Perspectivas históricas: Adam Schaff e a pós-modernidade.
Resumo
Os questionamentos a respeito da “verdade” e da “subjetividade” que envolvem o processo de produção de conhecimento são, certamente, dois problemas centrais com os quais o cientista se depara permanentemente ao realizar as suas atividades. As reflexões teóricas que envolvem o ofício do historiador não poderiam fugir deste problema: os embates filosóficos a respeito da legitimidade do fato histórico e a forma de sua representação, podem ser observados desde os gregos antigos. Após a institucionalização das ciências no século XIX, o problema se intensificou e as perspectivas teóricas foram polarizadas. O filósofo polonês Adam Schaff destaca duas destas perspectivas que tiveram mais influência na produção da historiografia contemporânea. São elas o positivismo e o presentismo. Este artigo pretende problematizar as críticas feitas por este filósofo marxista às escolas subjetivistas e discutir sobre a possibilidade da disciplina histórica ser encarada como ciência. Além disso, a partir do olhar crítico de Schaff, pretendemos identificar os elementos nos quais seu argumento se associa ao fenômeno da pós-modernidade na forma como é denunciado pelo historiador inglês Perry Anderson.Referências
ANDERSON, Perry. As origens da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 1999
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