RODRIGO DE ANDRADE E A CONSTRUÇÃO DA TRAJETÓRIA DA PRESERVAÇÃO NO BRASIL: UMA TRADIÇÃO INVENTADA
RODRIGO DE ANDRADE AND THE CONSTRUCTION OF THE PATH OF PRESERVATION IN BRAZIL: AN INVENTED TRADITION
Resumo
O presente artigo tem por objetivo investigar o processo de construção e divulgação da narrativa responsável por abordar a história da preservação no Brasil, dando conta das origens de uma tradição preservacionista no país. Quando, no início da década de 1950, Rodrigo Melo Franco de Andrade, então presidente do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), tomou a iniciativa de narrar à trajetória histórica de construção da política de preservação do patrimônio histórico e artístico brasileiro forjou um discurso fortemente ancorado na identificação das origens do pensamento preservacionista bem como na concepção de uma política de salvaguarda desenvolvida no âmbito da administração pública federal e alicerçada na criação de leis e órgãos específicos para tal finalidade. Tal discurso seria marcado pela emergência de um processo de disputa de memórias, assinalado pela redução da autoria das ações preservacionistas a um único grupo, ou seja, pelo surgimento de uma memória homogeneizada e enquadrada.
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