A invisibilidade/camuflagem cigana: Uma análise sobre a representação dos ciganos no olhar do gadje (não-cigano)
The invisibility/camouflage gypsy: an analysis on the representation of gypsies in the gaze of gadje (non-gypsy)
Resumo
Este artigo procura sintetizar parte das pesquisas que compuseram a elaboração da apresentação em novembro de 2019 no Simpósio Multidisciplinar de Relações Étnicas (UFMS - Três Lagoas); cuja participação teve como objetivo discutir sobre a representação dos ciganos na Literatura e materiais divulgados em sala de aula, abordando como o mito do seu surgimento a partir da ótica gadje (não-cigano) contribuiu para os processos que resultaram em discriminação, intolerância, racismo e violência. Durante o evento, nas contribuições dos demais participantes, posteriores a apresentação, foi discutida a questão da invisibilidade dos ciganos. Dessa forma, este texto trará uma revisão bibliográfica sobre o surgimento e representação desse povo, além de discutir alguns aspectos a respeito dos reflexos sobre a invisibilidade/camuflagem destes.
Referências
ALMEIDA, M. A. Memórias de um sargento de milícias. Editora Via Leitura, São Paulo, 1988.
AMADO, J. Tocaia Grande: A face obscura. Editora Record. Rio de Janeiro, 1985.
ARCAS, M. E. PAES, A. B. A construção histórica da intolerância ao cigano: do mito do surgimento dos ciganos aos materiais divulgados em sala de aula. In: OLIVEIRA, A. C. Pluralidade de temas e aportes teórico-metodológicos na pesquisa em história. Ponta Grossa-PR, Editora Atena, 2020.
ARISTICTH, J. Verdade Sobre Nossas Tradições. Brasil, Editora Irradicação Cultural, 1995.
BASTOS, J. G. D. F. P. (2012). Portugueses Ciganos e Ciganofobia em Portugal. Lisboa: Colibri. 2012.
CANDIDO, A. Dialética da malandragem. In: O discurso e a cidade (pp-123-152). São Paulo, Editora Ouro Sobre Azul, , 1993.
CASA-NOVA, Maria José. A relação dos ciganos com a escola pública: contributos para a compreensão sociológica de um problema complexo e multidimensional. Revista Interacções, n. 2, pp. 155-182 (2006). Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/55608821.pdf. Acesso em 20 mar 2020.
DONOVAN, Bill M. Changing Perceptions of Social Deviance: Gypsies in Early Modern Portugal and Brazil, São Paulo, Jornal de História Social, v. 26, n. 1, 1992.
EAGLETON, T. Teoria da Literatura: Uma Introdução. São Paulo, Ed. Martins Fontes. 2003
FAGIC, 2020. El Pueblo Gitano. Federación de Assiaciones Gitas de Catalunã. Disponível em: http://www.fagic.org/el-pueblo-gitano/ Acessado em:2020.
FAZITO, D. A identidade cigana e o efeito de "nomeação": deslocamento das representações numa teia de discursos mitológico-científicos e práticas sociais. São Paulo, Revista Antropológica, vol. 49 n.2, 2006.
FERRARI, F. Ciganos Nacionais. São Paulo, USP. Acta Literaria Nº 32 (79-96), 2006
FERRARI, F. Figura e fundo no pensamento cigano contra o Estado. São Paulo. Revista da USP, Vol.54, n.2, 2011.
FLACH, L. O jeitinho brasileiro: analisando suas características e influências nas práticas organizacionais. Revista Gestão e Planejamento, Salvador, v. 12, n. 3, p. 499-514, set/dez. 2012. Disponível em: http://www.revistas.unifacs.br/index.php/rgb
ENCICLOPÉDIA Delta Larousse, 1973. Editora Delta, Rio de Janeiro. p.1662-1664
GUIMARÃES, M. T. S. O extermínio de ciganos durante o regime nazista. História e Perspectivas, Uberlândia (53): 349-369, jan./jun. 2015
HILKNER, R. A. R. Ciganos: Peregrinos do Tempo- Ritual, cultura e tradição. Campinas, 2008.
HUGO, V. Notre-Dame de Paris. São Paulo, Editora Estação Liberdade, 2011.
HVIZINGA, P. Sociedade Obscura. Rio de Janeiro, Objetiva, 1984.
LECCIÓN GITANA. Gitanos y gitanas hoy - ejemplos del avance del pueblo gitano. Disponível em: https://lecciongitana.org/#gitanos_gitanas_hoy Acessado em: 2019
MÁRQUEZ, G. G. Cem Anos de Solidão. São Paulo, Editora Record, 2014.
MATUOKA. I. Educação de ciganos no Brasil é marcada por preconceito. Disponível em: https://portal.aprendiz.uol.com.br/2018/09/26/educacao-de-ciganos-brasil-e-marcada-por-preconceito/ Acesso em: 31/10/2019
MICELI, P. O ponto onde estamos: viagens e viajantes na história da expansão e da conquista (Portugal, século XV e XVI). 4° edição, Editora da Unicamp, Campinas/SP, 2008
NETO, J. C. M. Morte e Vida severina. Editora TUCA, Brasil, 1955.
PARELLA, A. L. Abogados gitanos que luchan por los derechos de su comunidad- Tres juristas cuentam como han llevado múltiples casos de discriminación contra la comunidad gitana. Disponível em: https://www.elsaltodiario.com/pueblo-gitano/abogados-gitanos-que-luchan-por-los-derechos-de-su-comunidad Acessado em: 06/06/2020
PIERONI, G. Destestáveis na metrópole e receados na Colônia, Varia Historia, Belo Horizonte, 1993.
ROMÁN, T. S. La diferencia Inquietante: viejas y nuevas estratégias culturales de los gitanos. Madrid. Siglo XXI, 2010.
RUDE, G. A multidão na história. Campos, Rio de Janeiro, 1991.
SPIVAK, G. C. Pode o subalterno falar?, Belo Horizonte: Editora UFMG, 133 p, 2010 [1985].
STANESCON, M. Lilá Romai – Cartas Ciganas. LEOGRAF, 3° Edição. São Paulo, 2007.
STANESCON, M. Povo Cigano – o direito em suas mãos. Governo Federal, Brasília, 2007b.
STOKER, B. Drácula. New York: Grosset & Dunlap, 1976.
Declaro que, caso este manuscrito seja aceito, concordo que mantenho os direitos autorais e concedo à Revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons (CC-BY) que permite o compartilhamento com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" /></a><br />Este obra está licenciado com uma Licença <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional</a>.