Revista Trilhas da História https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH <p><strong>ISSN 2238-1651 (online)</strong></p> <p style="text-align: justify;">A Revista Trilhas da História, periódico vinculado ao curso de História da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, campus de Três Lagoas, completou em julho de 2021 uma década de contribuições para a pesquisa histórica em Mato Grosso do Sul. Seu propósito, desde o primeiro número, foi de atuar como uma via de mão dupla para a divulgação das pesquisas e atividades produzidas por docentes e discentes do curso de História do CPTL, ao mesmo tempo em que se oportuniza ao público nacional uma possibilidade de divulgação científica de qualidade, pautada em ética e compromisso profissional.</p> Universidade Federal de Mato Grosso do Sul pt-BR Revista Trilhas da História 2238-1651 <p>Declaro que, caso este manuscrito seja aceito, concordo que mantenho os direitos autorais e concedo à Revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_new">Licença Creative Commons </a>(CC-BY) que permite o compartilhamento com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. &lt;a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/"&gt;&lt;img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" /&gt;&lt;/a&gt;&lt;br /&gt;Este obra está licenciado com uma Licença &lt;a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/"&gt;Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional&lt;/a&gt;.</p> APRESENTAÇÃO DE DOSSIÊ https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/22005 <p>A articulação entre a História e o Patrimônio vem assumindo contornos mais abrangentes na atualidade, na medida em que articula espaços geográficos, experiências de vida cotidiana e a edificação de construções, situações estas em que a atividade humana e a História entrelaçam-se na construção da memória. Quando em 1937 foi criado o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) os bens materiais foram privilegiados. A partir da década de 1970 e com os debates em torno da ampliação do conceito de Patrimônio Cultural, começaram a ser introduzidos os bens culturais imateriais nas políticas de acautelamento. Mais recentemente, com o objetivo de promover uma maior interlocução entre bens materiais e imateriais, foi introduzido o conceito de Paisagens Culturais, que busca entrelaçar o momento histórico com as atividades culturais, com os modos de produção e com as vivências das comunidades na natureza. Pretende-se, com esse novo caminho, valorizar bens e vivências culturais que não podem ser analisadas isoladamente em suas feições naturais, materiais e imateriais. Desta maneira, o Patrimônio deixa de ser apenas um adjetivo dado a um bem cultural e passa a cumprir sua função social com um bem salvaguardado vivido pela sociedade no tempo presente. A partir da ideia de continuidade presente na História, a comunidade local é capaz de (re) interpretar os bens tombados agregando a sua vivência cotidiana do presente. Sendo, possível, entrelaçar e conectar o passado ao presente, escolhendo o que deve ser lembrado e o que deve ser esquecido. Este processo extrapola a referência do tempo histórico no qual o bem foi construído, cabendo à sociedade reafirmar este momento histórico ou valorizar as memórias construídas nos tempos mais atuais ou apenas esquecer os passados vinculados a este bem. Diante do exposto, este dossiê pretende reunir estudos que abordem de maneira conectada – História e Patrimônio – tendo em consideração as interpretações construídas pela sociedade de bens patrimoniais materiais e imateriais. Neste viés, as relações de tais bens com as vivências culturais bem como com a natureza se mostram como um campo profícuo de (re) construção da memória. Ademais, é pertinente a este dossiê os estudos sobre as Políticas Públicas que caminham nesta direção e que privilegiam a relação da sociedade com a vivência cotidiana diante do bem tombado. Estudos de adaptação dos bens patrimoniais para usos atuais também se mostram de grande interesse para esta revista. Desta maneira, nos distanciamos de narrativas do passado que buscam apenas a rememoração e o congelamento de um dado tempo histórico sem que haja a possibilidade de apreensão do movimento fluido da memória em caminho com o tempo presente. Em um jogo de lembranças, esquecimentos e silenciamentos inerentes à constituição da vivência humana diante de seus bens patrimoniais.</p> Ana Luiza de Castro Pereira Gomes Andrey Minin Martin Manuela Areias Costa Wanessa Pires Lott Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 12 19 10.55028/th.v13i26.22005 ORALIDADE E MEMÓRIA SOCIAL NO OFÍCIO DE RAIZEIRA E RAIZEIRO DO CERRADO https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20446 <p>A partir da análise do documentário intitulado “Raizeiros – Saberes Ameaçados”, este ensaio tem como objetivo analisar a oralidade e a memória social no ofício de raizeira e raizeiro do Cerrado. Nesse sentido, aspectos referentes à relação entre oralidade e escrita, à tradição e história oral, além do registro documental e da memória social são avaliados. Com este estudo, observou-se a circularidade entre oralidade e escrita, fato e representação, subjetividade e objetividade, sendo que, a partir de fragmentos de memórias, o documentário “Raizeiro: Saberes Ameaçados” permite compreender diferentes narrativas que compõe a história dos saberes que envolvem o uso de plantas medicinais do Cerrado</p> <p><strong>PALAVRAS-CHAVE:</strong> raizeira/o; cerrado; oralidade; memória social.</p> Marilia Amaral Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 21 38 10.55028/th.v13i26.20446 DO RURAL AO URBANO: TERRITORIALIDADES NEGRAS NA CIDADE DE SÃO PAULO ATRAVÉS DO SAMBA PAULISTANO https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20434 <p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo desenvolve as articulações que envolveram o desenvolvimento do samba na cidade de São Paulo ocorridas no pós-abolição. Para tal, é discutido o surgimento e evolução do samba durante as décadas de 1910 e 1920 em seu contexto original, a conceituação de território e das territorialidades negras existentes na cidade de São Paulo nas décadas de 1930 e 1940 (em especial nos bairros da Barra Funda e Bexiga) bem como a chegada de expoentes do samba rural localizado na cidade de Pirapora do Bom Jesus na cidade. Tal interação criou um samba urbano que difere substancialmente da formação do samba carioca, embora o mesmo tenha perdido determinadas características ao longo dos anos. Por fim é debatido sobre as implicações da urbanização do samba rural em consonância com o processo de urbanização social.&nbsp;</span></p> Nayara Mika Kussaba Kirihara Giovanna Nogueira da Silva Renato Bilotta da Silva Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 39 54 10.55028/th.v13i26.20434 ENTRE A FRESTA, A REPRESSÃO E A RESISTÊNCIA: OS GRUPOS PERCUSSIVOS DE MARACATU E O CARNAVAL DIANTE DOS PATRIMÔNIOS CULTURAIS OFICIAIS DE JOINVILLE (SC) https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19660 <p>Os grupos percussivos de maracatu de Joinville (SC) têm propiciado um processo de circulação de saberes e movimentos de resistência. A presença da cultura afro-brasileira do Recife (PE) em Joinville, cidade marcada por patrimônios oficiais que privilegiam a imigração germânica, contesta a visão de um passado excludente e traz para a linha de frente as disputas por uma cultura plural. O artigo consiste em uma reflexão sobre a atuação dos dois grupos percussivos de maracatu de Joinville e os enfrentamentos gerados pela repressão policial nas suas oficinas, ensaios e no carnaval. Para essa análise, as fontes orais foram operadas (Portelli, 2016), privilegiando as experiências e as memórias dos batuqueiros e batuqueiras.</p> Evelyn de Jesus Jeronimo Roberta Barros Meira Luana de carvalho Silva Gusso Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 55 76 10.55028/th.v13i26.19660 "PATRIMÔNIO NAS PRAÇAS”: POSSIBILIDADES DE DESVENDAR AS MEMÓRIAS DE FORTALEZA COM O PROJETO “BOM DE FORTALEZA” (2017-2018) https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20439 <p>Este artigo analisa o projeto “Bom de Fortaleza”, realizado pela Secultfor&nbsp; em sete praças da cidade de Fortaleza, entre os anos de 2017 e 2018, com foco nas atividades de educação patrimonial desenvolvidas por historiadores com vistas ao fortalecimento do sentimento de pertencimento ao bairro e à valorização da memória e do patrimônio cultural local. Para analisar as práticas educativas e suas ressonâncias na vida comunitária, realizamos um recorte, debruçando-nos sobre a experiência do Pólo de Lazer da Av. Sargento Hermínio, na Regional I e partimos dos relatos feitos pelos historiadores, da análise dos planos e da experiência in loco dos autores. Este artigo apresenta o relato de uma ação educativa e reflexões acerca desta experiência, destacando suas potencialidades na preservação e divulgação do patrimônio histórico e cultural da cidade.</p> Adson Rodrigo Silva Pinheiro Ligia Rodrigues Holanda Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 77 99 10.55028/th.v13i26.20439 EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E ENSINO DE HISTÓRIA: REGISTRANDO SABERES E PRÁTICAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA. https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20428 <p>O propósito deste artigo é apresentar possibilidades da Educação para o patrimônio no Ensino de História, por meio de práticas pedagógicas, tendo como objeto de pesquisa o Centro Histórico de Olinda/PE. Para isso, serão abordados os conceitos de Patrimônio, Educação Patrimonial e sua relação com o Ensino de História. A proposta versa sobre as potencialidades educacionais que se instauram com o estudo dos&nbsp; patrimônios culturais através da educação patrimonial. O artigo está estruturado em seções: na primeira procura-se dialogar brevemente sobre os fundamentos do Patrimônio e da Educação Patrimonial. Na segunda seção, discutem-se as possibilidades metodológicas desses temas nas aulas de História dos anos finais do Ensino Fundamental. Por fim, serão apresentados relatos de duas práticas didático-históricas, desenvolvidas com enfoque na aprendizagem. As atividades&nbsp; realizadas foram atreladas às concepções da história local, dialogando sobre os bens culturais da cidade.</p> Barbara Maria Muniz Pontes Igor Lapsky Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 100 119 10.55028/th.v13i26.20428 AÇÕES EDUCATIVAS NO TERRITÓRIO DE JACONÉ (SAQUAREMA/RJ): A FUNÇÃO SOCIAL DO PATRIMÔNIO CULTURAL https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20432 <p>Ao longo do ano de 2023, a comunidade acadêmica da Escola Municipal Ismênia de Barros Barroso, do município de Saquarema (RJ), foi estimulada por meio do desenvolvimento de ações educacionais a contextualizar as narrativas da história local a partir da lenda do Morro do Ouro. Este artigo investiga o efeito de técnicas ativas de aprendizagem e no desempenho acadêmico referente ao período do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Também reflete sobre o papel da educação patrimonial e do recurso da interpretação do patrimônio cultural aplicados, conjuntamente, as metodologias ativas no âmbito escolar. Analisa as atividades realizadas e os resultados alcançados, demonstrando que o projeto contribuiu para a promoção de uma sensibilização patrimonial entre os envolvidos e para o fortalecimento das identidades locais.</p> José Augusto da Silva Costa Inês El-Jaick Andrade Sônia Aparecida Nogueira Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 120 137 10.55028/th.v13i26.20432 “OLHEI PELA FRESTA E VI UM ESPAÇO ENORME”: PRÁTICAS EMERGENTES A PARTIR DE UM PROCESSO DE OCUPAÇÃO E SALVAGUARDA DE PATRIMÔNIO CULTURAL https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20420 <p>Este artigo trata da história de transformação de uma antiga estação ferroviária, desativada desde o início dos anos 1990, em um equipamento que abriga vários coletivos culturais, fruto de um processo de ocupação, resistência e salvaguarda desse patrimônio do município de Arcoverde-PE (253 km de Recife), iniciado em 2001, que resultou na renomeação das edificações hoje conhecidas como Estação da Cultura. O estudo é fruto de pesquisa materializada em dissertação de mestrado e tem como objetivo compreender as práticas educativas e culturais, a partir da atuação de dois dos coletivos que ocupam a Estação da Cultura - Tropa do Balacobaco e Teatro de Retalhos -, enquanto elementos essenciais que possibilitaram à comunidade (re)interpretar o patrimônio edificado à luz das experiências vivenciadas no lugar. Tendo como metodologia a observação participante e entrevistas narrativas de sujeitos(as) imbuídos(as) na ocupação, os resultados do estudo possibilitam visualizar elementos que apontam para a compreensão do potencial educativo de processos de salvaguarda, centrados e orientados pelas culturas populares, em oferecer à comunidade meios para incorporar na vida cotidiana atual bens que outrora serviram a outros fins, criando novas memórias, sem apagar ou cristalizar as memórias do passado.</p> <p>&nbsp;</p> Andréa Thaynara Bezerra Ribeiro Silva Lima Maurício Antunes Tavares Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 138 158 10.55028/th.v13i26.20420 RODRIGO DE ANDRADE E A CONSTRUÇÃO DA TRAJETÓRIA DA PRESERVAÇÃO NO BRASIL: UMA TRADIÇÃO INVENTADA https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20010 <p>O presente artigo tem por objetivo investigar o processo de construção e divulgação da narrativa responsável por abordar a história da preservação no Brasil, dando conta das origens de uma tradição preservacionista no país. Quando, no início da década de 1950, Rodrigo Melo Franco de Andrade, então presidente do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), tomou a iniciativa de narrar à trajetória histórica de construção da política de preservação do patrimônio histórico e artístico brasileiro forjou um discurso fortemente ancorado na identificação das origens do pensamento preservacionista bem como na concepção de uma política de salvaguarda desenvolvida no âmbito da administração pública federal e alicerçada na criação de leis e órgãos específicos para tal finalidade. Tal discurso seria marcado pela emergência de um processo de disputa de memórias, assinalado pela redução da autoria das ações preservacionistas a um único grupo, ou seja, pelo surgimento de uma memória homogeneizada e enquadrada.</p> Vanessa Almeida Dócio Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 159 178 10.55028/th.v13i26.20010 REGIÃO E CARTOGRAFIA, DISPOSITIVOS DO PODER: A FORMAÇÃO DA GEOGRAFIA PATRIMONIAL ATRAVÉS DO COTIDIANO ADMINISTRATIVO DO SPHAN (1937-1945) https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20403 <p>Entre 1937 e 1967, Rodrigo Melo Franco de Andrade permaneceu na direção do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). Durante o período do Estado Novo (1937-1945), o advogado mineiro, junto à grade de intelectuais que esteve à frente do trabalho técnico da instituição, elaborou um cotidiano administrativo que seria reproduzido ao longo de várias décadas. Este trabalho busca compreender como a regionalização do país em áreas de interesse e a cartografia patrimonial brasileira foram sendo desenvolvidas por esse cotidiano de trabalho. Procuramos analisar a estrutura administrativa do órgão federal, estabelecendo relação entre o conhecimento técnico e a elaboração de espacialidades, possibilitando identificar quais territórios seriam mais privilegiados pela política federal de preservação, sobretudo através do tombamento. Assim, por meio desse instrumento de preservação, buscamos compreender como o SPHAN elaborou uma narrativa histórica brasileira, consecutivamente uma narrativa sobre o passado sertanejo.</p> Pedro Henrique da Silva Paes Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 179 200 10.55028/th.v13i26.20403 PATRIMÔNIO CULTURAL NA HISTÓRIA: OBJETO DE PESQUISA E ENSINO https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20425 <p>Este texto busca relacionar história, memória e patrimônio, como elementos que reorganizam o passado e geram marcos de identificação. Sugerimos identificar o patrimônio como um objeto de pesquisa da história ciência, assim como utilizá-lo como um instrumento no ensino da disciplina que auxilia na construção de uma compreensão mais sólida da relação entre passado e presente. Para tanto, é importante compreender que patrimônio possui várias acepções, assim como é fruto de relações sociais de tensão e disputas. No Brasil, as políticas federais de preservação sobre os bens culturais, surgidas na década de 1930, mostraram um conceito de patrimônio muito vinculado à materialidade e à matriz cultural branca europeia. Essa acepção muda conforme as transformações na legislação, ampliando as possibilidades de significados para o conceito. Um exemplo de historicização e de uso do patrimônio no ensino de História é apresentado ao final do texto.</p> Daniel Rodrigues Tavares Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 201 220 10.55028/th.v13i26.20425 PATRIMÔNIOS HISTÓRICOS E O ENQUADRAMENTO DE MEMÓRIA: LUGARES DE MEMÓRIA PARA TODOS? https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20382 <p>O patrimônio histórico e o enquadramento de memória são temas essenciais para o entendimento de como os patrimônios buscam perpetuar sua memória na sociedade, construindo assim uma memória coletiva. Nesse sentido, este artigo busca discutir como a interseção entre o patrimônio histórico e a construção da memória coletiva, afetam a manutenção da identidade cultural e da compreensão da história de uma sociedade através da formação de lugares de memória. Tais espaços que se tornam lugares de memória nem sempre possuem a mesma importância para todas as camadas da população, por vezes o surgimento de um patrimônio histórico parte de uma questão de poder, buscando assim representar a narrativa e as memórias de uma determinada camada social que detém o poder estruturante. Sabe-se que a preservação dos patrimônios históricos é fundamental para a perpetuação da herança cultural e para o entendimento das raízes de uma comunidade. No entanto, o simples ato de preservar esses bens não é suficiente; é igualmente importante enquadrá-los na memória coletiva de forma que tenha igual significado e relevância para todos os que habitam o espaço, tornando-o um lugar de memória.</p> Ítalo Pereira de Sousa Mariana Zerbone Alves de Albuquerque Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 221 245 10.55028/th.v13i26.20382 PESSOAS, MEMÓRIAS E NOVOS PATRIMÔNIOS: A VIRTUALIDADE DE TORNAR A HISTÓRIA DE VIDA DE CADA PESSOA PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20429 <p>O presente artigo apresenta resultados de investigação envolvendo os temas da memória, patrimônio, museus e virtualidades a partir da de iniciativas do Instituto Museu da Pessoa, uma pessoa jurídica de direito privado, definida como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, com sede e foro no município de São Paulo, casa a Rua Natingui, nº 1.100, Vila Madalena, CEP 05443-002, estado de São Paulo e denominada em Estatuto Social próprio como “Instituto Museu da Pessoa.net”. Tratando-se de um espaço aberto ao público, para fins de comunicação, fruição e pesquisa, como são todos os museus do século XXI, tornou-se possível investigar, a partir das inserções deste espaço em nossas vidas, questões ligadas ao que seriam os “novos patrimônios” em contextos altamente tecnológicos, descolando o conceito da sociologia histórica segundo a qual o patrimônio em cidades são uma decorrência do patrimônio edificado e uma alegoria histórica, uma trilha da história e uma realidade material. Qual o futuro dos patrimônios das cidades, inclusive dos patrimônios históricos e da memória por eles constituídos? O que espaços virtuais do tempo presente como o investigado têm a nos dizer sobre temas intercruzados da memória, da história, do patrimônio, das cidades e da virtualidade? O patrimônio brasileiro tem algo a nos dizer sobre esta realidade? Partindo do patrimônio histórico e material das cidades, visamos introduzir respostas ao emergente tema das memórias e dos novos patrimônios virtuais considerando experiências brasileiras.</p> Tayara Barreto de Souza Celestino Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 246 261 10.55028/th.v13i26.20429 MUSEU REGIONAL DO NORTE DE MINAS: MEMÓRIA, HISTÓRIA E IDENTIDADE https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20435 <p>A necessidade da preservação do patrimônio brasileiro vem ganhando espaço após a promulgação da Constituição Federal de 1988, que assegurou, no âmbito jurídico, formas para operacionalizar esta preservação, com destaque para o tombamento. O patrimônio histórico e cultural brasileiro preza pela valorização significativa da identidade popular, sendo necessária à sua proteção, no âmbito estatal. Para que isso seja atingido, o patrimônio deve ser tratado como política prioritária, e de forma efetiva, com penalidade de destruição da identidade e da memória. Tem–se como objetivos deste artigo estudar o processo de musealização do Sobrado da Escola Normal/FAFIL (como é popularmente conhecido), seu histórico, tombamento e o processo de implantação do Museu Regional do Norte de Minas (MRNM) que possui a missão de divulgar o patrimônio material e imaterial dessa região. O MRNM, desde a sua fundação no tem procurado desempenhar o papel de promoção da cultura norte mineira e exercer o papel de ser uma Instituição de pesquisa e salvaguarda do acervo. Constatou-se, porém, que, embora o espaço possua algumas funções museológicas desempenhadas, estas não estão sendo efetuadas de forma eficiente.</p> <p>&nbsp;</p> Clarissa de Fátima Luz e Silva Fernando Batista Pereira Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 262 278 10.55028/th.v13i26.20435 ENTRE AS POESIAS DE CORA CORALINA E A POLÍTICA DE PEDRO LUDOVICO: UM ENSAIO SOBRE OS MUSEUS-CASA BIOGRÁFICOS EM GOIÁS https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20310 <p>o Museu Cora Coralina, localizado na Cidade de Goiás, e o Museu Pedro Ludovico, em Goiânia, foram criados para perpetuar a memória dessas duas personagens da história de Goiás, que se destacaram, respectivamente, na literatura e na política. As biografias de ambos foram entrelaçadas nos museus pelo discurso do patrimônio cultural, reforçando laços com as cidades onde estão localizados. O Museu Pedro Ludovico foi criado em 1987 e o de Cora Coralina dois anos depois. Ambas as instituições museológicas estão instaladas nas residências de seus moradores ilustres, o que os tornam Museus-Casa Biográficos, pois pretendem “biografar” os homenageados a partir da intimidade inerente ao lugar que residiam. Isso posto, o objetivo desse ensaio é analisar, a partir das suas semelhanças e diferenças, a constituição dos Museu-Casa de perfil biográfico de Cora Coralina e de Pedro Ludovico Teixeira, únicos representantes dessa tipologia de museus no estado de Goiás.&nbsp; &nbsp;</p> Rildo Bento de Souza Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 279 297 10.55028/th.v13i26.20310 O MUSEU-CASA VÓ IZABEL NAS BATALHAS DA MEMÓRIA NO SERTÃO DE CANUDOS (BA) https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19626 <p>Este artigo analisa o Museu-Casa Vó Izabel no contexto das batalhas da memória no sertão de Canudos, situando-o como um ícone de uma memória instituinte, que representa a passagem das grandes narrativas da história monumental às histórias do cotidiano e dos testemunhos. A partir da visita <em>in loco</em> e de entrevistas com moradores da cidade de Canudos, percebemos a busca pelo fortalecimento da identidade conselheirista, explicitando a heterogeneidade das memórias coletivas ante ao seu fraco nexo com a história instituída. Ao narrar sua própria história, a cultura do testemunho proporciona, aos vencidos, práticas de inscrição da memória e à cultura de resistência, por meio da experiência individual e coletiva dos objetos familiares e dos despojos da guerra de Canudos. Vinculando-se ao “turismo da memória”, essa iniciativa pode ser considerada um espaço de fruição contra as políticas de esquecimento no Brasil, evidenciando tensões entre o público e o privado, na construção da memória popular. Afinal, os museus são casas de sonho do coletivo da nação.</p> Antônio Fernando de Araújo Sá Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 298 314 10.55028/th.v13i26.19626 O LUGAR DAS INSTITUIÇÕES MUSEOLÓGICAS NA SOCIEDADE: O CASO DE TAUBATÉ-SP https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19872 <p>O objetivo, neste artigo, é analisar o lugar que as instituições museológicas ocupam nas sociedades, a partir de estudo de caso na cidade de Taubaté - SP, na qual existe uma quantidade significativa de museus: um conjunto de dez instituições. Para realização da análise foram considerados os contextos sociais brasileiros e o da cidade pesquisada, correlacionando-os aos dados de pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Museus. Metodologicamente, foi realizada pesquisa na documentação dos museus da cidade e pesquisa de campo sobre seus aspectos estruturais, considerando-se a história institucional, a curadoria das exposições permanentes, a infraestrutura e o fluxo de visitantes. Com relação a este último elemento, o foco recaiu sobre o Museu Histórico, Folclórico e Pedagógico Monteiro Lobato, o mais visitado da cidade. Concluiu-se que o lugar dos museus nas sociedades é composto pela existência concreta das instituições e pela relação de sua história com o contexto social, e que o caso de Taubaté apresenta aspectos específicos, aqui estudados.&nbsp;</p> Rachel Duarte Abdala Nathália M. Novaes Victor Mírian Cristina de Moura Garrido Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 315 334 10.55028/th.v13i26.19872 CONSELHO DELIBERATIVO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE: RELAÇÕES RACIAIS E POLÍTICAS PATRIMONIAISS https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19955 <p>O presente artigo é fruto da pesquisa desenvolvida no Mestrado Profissional em Patrimônio Cultural, Paisagens e Cidadania, da Universidade Federal de Viçosa (UFV). A proposta da pesquisa foi analisar a atuação do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte- CDPCM-BH na implementação da política patrimonial, de natureza material, no que diz respeito às ações voltadas para as relações raciais. O recorte temporal do trabalho compreende as décadas de 1984-1995, período em que a cidade de Belo Horizonte foi marcada por mudanças significativas, que refletiram na política patrimonial na capital mineira. A metodologia aplicada foi análise dos dossiês Terreiro Ilê Wopo Olojukan: Deus mais do que tudo (1995), e da Irmandade Nossa Senhora do Rosário do Jatobá (1995), e dados coletados das entrevistas, a partir de uma perspectiva afrocentrada. Os documentos referentes a estes acontecimentos compõem a fonte do trabalho, considerando que objeto da pesquisa é o racismo na política patrimonial de Belo Horizonte. Por se tratar de uma política patrimonial pouco discutida pela literatura acadêmica, buscou-se, neste estudo, analisar as principais características e a dinâmica desses ocorridos em face dos critérios universalizantes que regulam os procedimentos de tombamento e elegibilidade de seus beneficiários. Esses critérios reforçam relações de poder discriminatórias, constituindo desigualdades e demarcando fronteiras.</p> <p>Palavras-chave: Racismo. Política patrimonial. Conselho Deliberativo.</p> Eduarda Alves Santos Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 335 354 10.55028/th.v13i26.19955 DE LIOZ À CARRARA: AS TRAJETÓRIAS DAS MARMORARIAS ÍTALO- AMAZONENSE E A REFORMADORA E A ARTE TUMULAR EM MANAUS-AM https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19968 <p>Os cemitérios oitocentistas possuem o melhor da arte escultórica de outrora. São anjos, anjinhos, pranteadoras, cruzes, colunas, capelas, famílias inteiras representadas no último adeus, uma profusão de símbolos sagrados e profanos impressos em mármores de Lioz e Carrara. Essas peças eram adquiridas em marmorarias especializadas em obras tumulares, que contavam com grandes estoques de pedras e possuíam uma equipe de técnicos e artistas diplomados. No presente estudo serão reconstituídas as trajetórias das primeiras marmorarias de Manaus entre fins do século XIX e as primeiras décadas do século XX, que foram a Ítalo-Amazonense e A Reformadora, ambas de italianos, e analisadas suas produções que se encontram no Cemitério de São João Batista.</p> <p class="western" align="justify">&nbsp;</p> <p class="western" align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><strong>Palavras-chave: </strong></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;">Marmorarias, Arte tumular, Manaus.</span></span></p> Fábio Augusto de Carvalho Pedrosa Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 355 376 10.55028/th.v13i26.19968 A VIOLA DE COCHO E A FESTA DE SÃO JOSÉ NO CONTEXTO DO PANTANAL BRASILEIRO: PATRIMÔNIO CULTURAL, MEMÓRIA E TERRITORIALIDADE https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20325 <p>Este artigo discutirá os saberes, os fazeres, as vivências e as experiências relacionados à viola de cocho e à festa de São José. Para tanto, serão debatidos esses bens culturais e seus planos de salvaguarda e ativação patrimonial, no contexto do Pantanal de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul. A pesquisa identificou a extrema e condicionante importância dos territórios na continuidade, descontinuidade e transformações dessas manifestações culturais, e a relação intrínseca entre práticas culturais, pessoas e meio ambiente, para a reprodução do bem cultural. Em termos metodológicos, o levantamento sobre a viola de cocho e a festa de São José tomou como base dados coletados em entrevistas com detentores do saber. Os conhecimentos e as memórias desses detentores, interlocutores da pesquisa, permitem debater distintos patrimônios culturais e seus processos de salvaguarda.</p> Manuela Areias Costa Luciano Pereira da Silva Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 377 394 10.55028/th.v13i26.20325 Os FESTEJOS DE SANTA TERESA D’ÁVILA COMO POSSIBILIDADE DE PATRIMÔNIO IMATERIAL: CULTURA POPULAR, MEMÓRIA E IDENTIDADE DE IMPERATRIZ-MA (1920-1940) https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20398 <p>Partindo de uma contraposição às impressões negativas de Carlota Carvalho (2000) sobre a cidade de Imperatriz-MA no início do século XX, o presente artigo busca visibilizar a presença de uma cultura popular na cidade a partir dos festejos de Santa Teresa d’Ávila, determinar o papel desses para a constituição da identidade e da memória da cidade, bem como afirmar a possibilidade da apreciação dos festejos como patrimônio cultural imaterial da cidade. Em um primeiro momento, a metodologia etnográfica aplicada ao estudo histórico possibilitou compreender uma circularidade de sentidos nesses eventos que remetem simultaneamente à “cultura popular” e à “cultura dominante”. A aglutinação de diferentes grupos sociais nessas festas sugere a força dessas como marcadoras de uma identidade cultural e de uma memória coletiva do que seria “ser” de Imperatriz, o que se percebe através de marcas e representações desses eventos em várias partes da cidade e nos meios de comunicação oficiais.</p> Eduardo Oliveira Melo Rodrigo José Rodrigues Maciel Gilberto Freire de Santana Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 395 412 10.55028/th.v13i26.20398 ENTRE CORES E SIGNIFICADOS: OS TAPETES DEVOCIONAIS DA SEMANA SANTA EM OURO PRETO COMO EXPRESSÃO DE PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL, HISTÓRIA E TURISMO https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20378 <p>O presente artigo discorre sobre os tapetes devocionais da Semana Santa de Ouro Preto, Minas Gerais, como expressão de patrimônio cultural imaterial, história e turismo, destacando sua origem no século XVIII e sua relevância como elemento cultural, religioso e artístico. O objetivo foi analisar a representação visual dos tapetes devocionais enquanto elementos estéticos e simbólicos com ênfase nos materiais e significados a eles atribuídos pelos moradores da cidade, participantes da pesquisa. Para isso, adota uma abordagem qualitativa e descritiva, utilizando métodos como pesquisa bibliográfica, registro fotográfico, observação participante e entrevista. A discussão propôs compreender o papel da representação visual, especialmente no contexto dos tapetes devocionais, como um meio de preservar, promover, valorizar e transmitir essa &nbsp;herança cultural. Como resultado, percebeu-se que os valores, os significados e a percepção do patrimônio cultural dos tapetes devocionais contribui &nbsp;para a construção de narrativas culturais que, neste contexto, promovem o reconhecimento de sua importância histórica, patrimonial e turística.</p> Nilson Ricardo Araújo Kerley dos Santos Alves Solano de Souza Braga Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 413 435 10.55028/th.v13i26.20378 OURO PRETO E AS DISPUTAS À NARRATIVA COLONIAL: UM OLHAR SOBRE A HERANÇA AFRICANA ATRAVÉS DO PATRIMÔNIO CULTURAL https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20417 <p>Este artigo tem como objeto de análise o conjunto histórico da cidade de Ouro Preto. Assim, propõe-se a refletir sobre o seu Patrimônio Cultural, evidenciando os agentes e memórias que atravessam a constituição desses bens no decorrer do tempo.&nbsp;&nbsp; Adota-se a visão de que esse movimento se dá através de construções coletivas dos grupos sociais e do caráter de vazão próprio dos bens culturais. Como questão principal, há uma preocupação em resgatar a contribuição da cultura africana na formação de Ouro Preto, destacando seus saberes e resistência ao longo desse processo. Assim, são levantadas reflexões entre as dimensões temporal e espacial e sua relação com os grupos sociais que compõem o território. Como elementos representativos são destacadas as expressões artísticas, arquitetônicas, religiosas e linguísticas. &nbsp;</p> Giovana Martins Brito Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 436 455 10.55028/th.v13i26.20417 O POTENCIAL DA ARQUEOLOGIA PARA ATUAR NA IDENTIFICAÇÃO HISTÓRICA E NA VALORIZAÇÃO DOS BENS SOCIOCULTURAIS https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19756 <p>O rio Uruguai, marco divisor dos estados sulinos Rio Grande do Sul e Santa Catarina, abriga sítios arqueológicos com grande quantidade de materiais líticos e cerâmicos, carvões e vestígios que evidenciam a presença de populações indígenas em períodos que antecedem a chegada do homem ao continente americano. Esta revisão de literatura busca apresentar o processo de povoamento do sul do Brasil e, a partir dos estudos arqueológicos, contextualizar a trajetória dos primeiros grupos humanos, a ocupação indígena, principalmente na região do rio Uruguai, além de tratar da importância da educação patrimonial como ferramenta que oportuniza o resgate da identidade, da consciência histórica e social e valorização dos bens socioculturais. &nbsp;O patrimônio cultural de um povo, bem como suas diversas formas de manifestações, são reflexos da sua diversidade cultural, fator que convida a refletir a formação histórica, modos de vida, valores e atributos que distinguem os diferentes grupos e populações.</p> <p>&nbsp;</p> Vania Maria Barboza Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 456 474 10.55028/th.v13i26.19756 PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO SUBAQUÁTICO DO CONFLITO NO BAIXO RIO SÃO FRANCISCO: UMA ABORDAGEM ARQUEOLÓGICA SOBRE A HISTÓRIA DE UM RIO https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/20405 <p>Os efeitos locais de grandes conflitos, como os movimentos de independência, intricados à paisagem cultural, ainda são uma temática pouco explorada na arqueologia brasileira. O presente artigo propõe uma análise da cultura material produzida ao longo do processo histórico de longa duração na região do Baixo Rio São Francisco. A pesquisa visa discutir as possibilidades de interpretação do patrimônio arqueológico subaquático relacionado aos conflitos políticos e confrontos bélicos, que compartilham elementos relevantes, embora relacionados a períodos cronológicos distintos, como a presença estrangeira, motivações coloniais, aspectos econômicos e interesses contraditórios subjacentes às lutas pela independência dos territórios delimitado pelo Velho Chico. A análise se concentra nos reflexos regionais e locais dos tensionamentos promovidos por uma política colonial, durante a guerra luso-holandesa, quanto nos movimentos de independência brasileira, a partir da Revolução Pernambucana de 1817. O estudo envolve contextos arqueológicos, principalmente relacionados a naufrágios identificados na área. Ao investigar o patrimônio arqueológico associado a eventos conflituosos, o objetivo é revelar os gestos e ações repetidas que, ao longo de uma realidade de longa duração, foram silenciados, esquecidos ou até mesmo saqueados. A influência da escola dos Annales na arqueologia oferece uma estrutura analítica que permite que eventos específicos, como naufrágios individuais, sejam usados para interpretar processos culturais mais amplos.</p> Luis Felipe Freire Dantas Santos Paulo Fernando Bava de Camargo Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 475 496 10.55028/th.v13i26.20405 REVISTA COMPLETA https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/22022 Dolores Puga Copyright (c) 2024 Revista Trilhas da História 2024-10-05 2024-10-05 13 26 1 496 10.55028/th.v13i26.22022