https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/issue/feedRevista Trilhas da História2025-09-16T20:31:48+00:00Mariana Esteves de Oliveiramariana.esteves@ufms.brOpen Journal Systems<p><strong>ISSN 2238-1651 (online)</strong></p> <p style="text-align: justify;">A Revista Trilhas da História, periódico vinculado ao curso de História da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, campus de Três Lagoas, completou em julho de 2021 uma década de contribuições para a pesquisa histórica em Mato Grosso do Sul. Seu propósito, desde o primeiro número, foi de atuar como uma via de mão dupla para a divulgação das pesquisas e atividades produzidas por docentes e discentes do curso de História do CPTL, ao mesmo tempo em que se oportuniza ao público nacional uma possibilidade de divulgação científica de qualidade, pautada em ética e compromisso profissional.</p>https://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/24186APRESENTAÇÃO DE DOSSIÊ2025-09-16T20:31:28+00:00Cristiano Nicolinicristianonicolini@ufg.brJuliana Alves de Andradejuliana.alvesandrade@ufrpe.brRaquel Alvarenga Sena Veneraraquelsenavenera@gmail.com<p>O dossiê <strong data-start="9" data-end="88">“Narrativas da (re)criação dos diferentes campos dos saberes no Sul Global”</strong> reúne pesquisas que exploram, sob múltiplas perspectivas teórico-metodológicas, os desafios contemporâneos da ciência diante do negacionismo, da pós-verdade e das disputas epistemológicas. As contribuições transitam entre gênero, feminismos descoloniais, narrativas autobiográficas, história oral, ensino e memória, refletindo sobre a constante (re)atualização dos campos do conhecimento em diálogo com a sociedade. Organizado a partir de um projeto interinstitucional coordenado pelo Laboratório de História Oral da Univille, em parceria com a ABEH, o Museu da Pessoa e outras instituições, o dossiê oferece ao leitor um panorama rico e plural de investigações que reforçam o papel social, político e epistemológico do Ensino de História e de outros campos na construção de saberes críticos e emancipatórios.</p>2025-09-15T20:37:16+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/24187APRESENTAÇÃO DE ARTIGOS LIVRES, ENSAIO DE GRADUAÇÃO E RESENHA2025-09-16T20:31:32+00:00Dolores Pugadolores.puga@ufms.brMariana Esteves de Oliveiramariana.esteves@ufms.brRubia Dara Leão de Jesusrubia_dara@ufms.brWayla Silva Sáwayla.sa@ufms.br<div class="text-base my-auto mx-auto pb-10 [--thread-content-margin:--spacing(4)] thread-sm:[--thread-content-margin:--spacing(6)] thread-lg:[--thread-content-margin:--spacing(16)] px-(--thread-content-margin)"> <div class="[--thread-content-max-width:40rem] thread-lg:[--thread-content-max-width:48rem] mx-auto max-w-(--thread-content-max-width) flex-1 group/turn-messages focus-visible:outline-hidden relative flex w-full min-w-0 flex-col agent-turn" tabindex="-1"> <div class="flex max-w-full flex-col grow"> <p class="first:mt-0 my-1.5 h-8 flex items-center ltr:me-auto rtl:ms-auto empty:hidden text-token-text-secondary">O conjunto de artigos, ensaio e resenha apresentado neste número da revista reflete a diversidade de temas e abordagens que marcam a produção acadêmica contemporânea em História e áreas afins. Os textos exploram problemáticas atuais e históricas sob múltiplos recortes teóricos e metodológicos, dialogando com questões de gênero, cultura, educação, política, memória e identidade. Essa pluralidade de vozes e perspectivas enriquece o debate historiográfico e pedagógico, contribuindo para a ampliação dos horizontes de pesquisa e para a consolidação de um espaço crítico e interdisciplinar de reflexão.</p> </div> </div> </div>2025-09-15T20:49:53+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/23008O DISCURSO ANTIGÊNERO E A INFLUÊNCIA SOBRE A EDUCAÇÃO NO SUL GLOBAL2025-09-16T20:31:33+00:00Renata Lewandowski Montagnolirenata.lemon@hotmail.comJoana Maria Pedrojoanamaria.pedro@gmail.com<p>O objetivo que permeia o presente artigo consiste na verificação da influência do discurso antigênero de grupos políticos conservadores e neoconservadores nos planos educacionais tanto de nível nacional (Brasil), quanto em âmbito local (Blumenau e Balneário Camboriú/SC). Analisamos, ademais, similaridades e especificidades do discurso político e religioso conservador no Brasil e na Colômbia a partir da perspectiva da História Global de Sebastian Conrad (2019) e François Hartog (2013). A análise do discurso conservador antigênero na educação nacional foi realizada a partir de fontes bibliográficas como Maria das Dores Campos Machado (2020) e Sônia Corrêa e Isabela Kalil (2021). Em relação à Colômbia, foram usados textos de Franklin Gil Hernández (2021). Constatamos que a política antigênero tem servido de plataforma para a eleição de grupos conservadores na América Latina.</p>2025-09-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/23141CARTA DAS MULHERES BRASILEIRAS AOS CONSTITUINTES: USO DIDÁTICO DO DOCUMENTO NO ENSINO DE HISTÓRIA2025-09-16T20:31:34+00:00Kênia Érica Gusmão Medeiroskenia.medeiros@ifg.edu.br<p>Este texto tem como objetivo discutir a importância da Carta das Mulheres Brasileiras aos Constituintes como fonte para o ensino de história. A carta, que completa 38 anos em março de 2025, traz uma série de reivindicações das mulheres brasileiras aos deputados e deputadas constituintes e também, os anseios da sociedade brasileira que havia há pouco tempo reconquistado a vida democrática. O uso deste documento para o ensino de história, além de ajudar a explicar o contexto de redemocratização no Brasil, permite uma abordagem sobre o pensamento da sociedade brasileira naquele contexto, sobre temas sociais importantes e ainda pode contribuir para os debates no ensino acerca da desigualdade de gênero. Além disso, o uso do documento como fonte para o ensino, promove o reconhecimento das mulheres brasileiras como agentes históricos e políticos das lutas por cidadania e democracia no Brasil.</p>2025-09-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/23124"A AMÉRICA LATINA SERÁ TODA FEMINISTA”: PERSPECTIVAS FEMINISTAS DESCOLONIAIS SOBRE O DIREITO GEOPOLÍTICO E O CORPO-POLÍTICO DAS MULHERES DO SUL GLOBAL2025-09-16T20:31:34+00:00Aimê Barbosa Martins Bastaime.bast@gmail.comFabio da Silva Sousafabio.sousa@ufms.br<p>O artigo se propõe a deslocar os ideais dos direitos humanos do campo da universalidade para a crítica feminista descolonial, em diálogo com o pluriverso jurídico constituído de cosmovisões ontologicamente diferentes do pensamento moderno ocidental. A partir do diálogo com Lélia González (2020), Maria Lugones (2020a; 2020b), Rita Laura Segato (2021; 2022), entre outras, tem-se como objetivo discutir as resistências femininas no Sul Global, no qual debateremos a trajetória da luta por direitos dos movimentos de mulheres e feministas, apresentaremos as críticas ao pensamento moderno ocidental realizadas pelo feminismo descolonial, no qual tensionaram a (re)criação de conceitos e práticas de democracia, cidadania e justiça de gênero a partir de uma perspectiva antirracista, antipatriarcal e anticapitalista. E, por último, será feita uma análise das políticas para igualdade de gênero, com ênfase no significado de autonomia enquanto ferramenta de emancipação social das mulheres.</p>2025-09-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/22954A DIMENSÃO TERAPÊUTICA DA ESCRITA DE CARTAS: UMA METODOLOGIA DE CONSTRUÇÃO DE FONTE NO ENSINO REMOTO EMERGENCIAL (GOIÁS – 2020)2025-09-16T20:31:35+00:00Adriel de Oliveira Diasadriel.dias@hotmail.comJullyana Silva Rosajusilvarosa@hotmail.comPriscilla Melo Ribeiro de Limaprimlima@ufg.br<p>O artigo analisa a metodologia de troca de cartas entre professores de História da Rede Estadual de Goiás, de agosto a dezembro de 2020, durante o Ensino Remoto Emergencial (ERE), causado pela pandemia de Sars-Cov-2. Com uma abordagem interdisciplinar que integra Didática da História, Educação Histórica, Teoria Narrativa de Ricoeur e Psicanálise, a pesquisa investiga como essas cartas excedem o simples registro de experiências, podendo alcançar dimensões terapêuticas. Os temas das cartas incluíram: apresentação dos participantes, reflexões sobre o ensino e a narrativa histórica em tempos de pandemia. A pesquisa revela como a troca de cartas possibilitou aos participantes um espaço para elaboração dos sofrimentos, contribuindo tanto para a produção de fontes históricas quanto para a construção de um conhecimento histórico que atendesse as carências do tempo irritante. Isso pois tal metodologia permitiu a organização das experiências individuais em narrativas integradas às trajetórias de vida dos participantes. Por fim, o estudo destaca a relevância de investigações interdisciplinares para ampliar a compreensão sobre a produção de saberes em tempos de crise.</p>2025-09-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/23146NARRATIVAS E IMAGENS DE SI, NO INSTAGRAM, NO ENSINO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO INICIAL DOCENTE2025-09-16T20:31:35+00:00Joelson de Sousa Moraisjoelson.morais@ufma.brJosé Carlos Aragão Silvajose.aragao@ufma.brCristiane Dias Martins da Costacristiane.dmc@ufma.br<p>O texto em pauta se teceu, como uma pesquisa qualitativa do tipo narrativa autobiográfica, na qual buscou como objetivo compreender como se dá a construção de conhecimentos e aprendizagens expressos em narrativas de imagens de si, no Instagram, no ensino de História da Educação, durante a formação inicial do curso de licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), do Centro de Ciências de Codó. Os dispositivos metodológicos utilizados foram: escritas narrativas autobiográficas e imagens fotográficas. Participaram do estudo dez estudantes do referido curso, que estavam cursando o 3º período, no ano de 2023, na disciplina Fundamentos e Metodologia do Ensino de História. Os resultados revelam que trazer a Visual Storytelling, na narração visual de histórias com imagens e fotografias, como dispositivo de formação de professores(as) no e para o ensino de História da Educação, denotou uma possibilidade de potencializar o processo formativo de futuros docentes, de modo a agregar mais valor à construção de outros tantos conhecimentos, aprendizagens e formação, com sentido e significado, (trans)formando consciências e permitindo guiar outros projetos de futuro mais enriquecidos e expressivos da existência humana.</p>2025-09-16T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/22327DIÁLOGOS POSSÍVEIS E SENSÍVEIS ENTRE ENSINO DE HISTÓRIA, LITERATURA E HISTÓRIA ORAL2025-09-16T20:31:37+00:00Tatiane de Oliveiratatioliveirasp@hotmail.comRenilson Rosa Ribeirorrrenilson@yahoo.com<p>Ao ensinar História, nos apropriamos do passado a partir de questões sensíveis do tempo presente. Nesse sentido, o objetivo deste texto é tecer diálogos entre o ensino de História e Literatura, especificamente a partir da obra Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, de Carolina Maria de Jesus, e as narrativas orais de mulheres jovens estudantes. A metodologia adotada é a história oral testemunhal, que contempla histórias de vida e temáticas. Assim, entrevistamos três estudantes da camada popular do 3º ano do ensino técnico de secretariado integrado ao Ensino Médio, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), do campus Cuiabá – Cel. Octayde Jorge da Silva. Por fim, a escuta de histórias doloridas demonstra que a interdisciplinaridade proposta pode ajudar a compreender as diferentes identidades em jogo na sala de aula, principalmente as dos grupos mais excluídos, contribuindo de forma propositiva com todas(os) estudantes e professoras(es) no contexto da educação básica e tecnológica, com ênfase para as aulas de História.</p>2025-09-16T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/23194UM CAMPO PARA O ENSINO DE HISTÓRIA?2025-09-16T20:31:38+00:00Raquel Alvarenga Sena Veneraraquelsenavenera@gmail.comJuliana Miranda da Silvajumirandasilva@gmail.com<p>Este artigo traz uma proposição advinda de compreensões das Histórias de Vidas de Pesquisadoras/es do Ensino de História, coletadas em situação de pesquisa de História Oral. As Histórias de vidas selecionadas foram escolhidas no acervo empírico da pesquisa e privilegiou em um primeiro momento aquelas entrevistas que trouxeram memórias dos primeiros eventos científicos do grupo de pesquisadoras sobre o Ensino de História como campo de pesquisa, na década de 1990 que se desdobrou na criação da Associação Brasileira de Ensino de História, ABEH, e em um segundo momento, a análise se ampliou para os trechos que evidenciaram ações além da pesquisa e da universidade. As análises se fundamentaram nos conceitos de campo em Bourdieu (1980; 1989) e nas apostas epistemológicas observadas nas narrativas – vestígios da categoria cultura escolar. Defende a existência clara de um campo científico do Ensino de História, que se desdobrou do campo da História, em diálogo com o microcosmo da História ensinada e a aposta na escola como uma cultura própria (Monteiro, 2007; Bittencourt, 2008). Propõem atenção ao conceito de mundo social na caracterização de um campo (Bourdieu, 1992; Bertaux, 2016) do Ensino de História.</p>2025-09-16T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/23126HISTÓRIA DA CURRICULARIZAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA NO BRASIL ATRAVÉS DE DOCUMENTOS OFICIAIS DO SÉCULO XVIII AO XXI2025-09-16T20:31:38+00:00Maria Eduarda Oliveira da Silvau.eduarda329@gmail.comEwerton Ávila dos Anjos Luna ewerton.luna@ufrpe.br<p>O objetivo deste trabalho é refletir sobre currículo e ensino de língua portuguesa no Brasil através da análise de documentos oficiais de diferentes períodos, considerando seus contextos históricos e suas concepções de linguagem. Os dados são compostos por leis, decretos, parâmetros e base curricular, publicados entre 1757 e 2018. O estudo investiga a influência de fatores sociais e culturais no ensino da língua materna, utilizando o conceito de currículo de Sacristán (2013), que o considera como processo dinâmico moldado por valores e interesses do contexto. Além disso, traça uma linha do tempo para entender as concepções de linguagem presentes nos documentos, baseando-se principalmente em Geraldi (2011). O foco é identificar mudanças e permanências no processo curricular ao longo dos anos, visando apresentar a evolução do ensino de língua portuguesa e o papel dos documentos oficiais na definição das práticas pedagógicas. Dentre os principais resultados, foi possível identificar mudanças nas concepções de linguagem - e, consequentemente, de língua - que ditam as práticas pedagógicas ao longo do tempo, indo de concepções mais estruturais à mais sociointeracionais. Observou-se, ainda, que os documentos oficiais passaram de uma abordagem mais normativa para uma mais reflexiva, acompanhando as transformações sociais e culturais do país.</p> <p> </p>2025-09-16T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/23123TRAVESSIAS ENTRE O CURRÍCULO E A PRÁTICA: NARRATIVAS DE PROFESSORES DE HISTÓRIA SOBRE O ENSINO MÉDIO NA BAHIA2025-09-16T20:31:39+00:00Vanessa da Silva Nascimento Andrade vanessa.nascimento@enova.educacao.ba.gov.brMaria Cristina Dantas Pina maria.pina@uesb.edu.brEdinaldo Medeiros Carmomedeirosed@uesb.edu.br<p>Esta pesquisa teve como foco compreender de que forma professores da disciplina escolar História interpretam os documentos normativos e como essa leitura influencia a organização de suas práticas pedagógicas. A Reforma do Ensino Médio, juntamente com diretrizes como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB), ocupa um papel central nas reflexões e nas práticas desses docentes na Educação Básica. Considerando o protagonismo dos professores na implementação das políticas curriculares, ouvir suas vozes torna-se essencial para analisar os desdobramentos dessas normativas e seus efeitos no cotidiano escolar. A investigação, de abordagem qualitativa, foi conduzida por meio de entrevistas semiestruturadas com cinco professores de História atuantes em escolas do município de Vitória da Conquista, na Bahia. Para a análise dos dados, utilizou-se a Análise de Conteúdo (Bardin, 2016). Os resultados revelam que os professores ainda não se apropriaram plenamente das normativas e atribuem pouca relevância ao conteúdo prescrito. Além disso, apontam a sobrecarga de trabalho como um obstáculo para sua formação continuada. A pesquisa também indica um processo crescente de precarização do trabalho docente e de desestabilização da tradição curricular.</p>2025-09-16T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/22569O ENSINO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO DO CAMPO E A CRISE AMBIENTAL CONTEMPORÂNEA: OS DESAFIOS DA HISTÓRIA LOCAL2025-09-16T20:31:39+00:00Alfredo Ricardo Silva lopesalfredo.lopes@ufsc.brMario Martins Viana Júniormario_ufc@hotmail.com<p>O presente trabalho discute a relação entre o Ensino de História e a Educação do Campo, a partir das contribuições do uso da História Local, para compreender como o campo responde ao contexto da crise ambiental produzida pelo capitalismo. Neste caminho são aproximados os pressupostos de que o Ensino de História deve orientar a vida prática e da educação camponesa comprometida com a análise e a mudança da realidade onde os sujeitos do campo estão inseridos. Para tanto, avalia-se o uso da História Local enquanto perspectiva de análise para realidade do lugar, que culmina na discussão sobre a integração da crise ambiental contemporânea na Educação do Campo. Metodologicamente são analisados os trabalhos encontrados no Banco de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) no intuito de perceber se e como as áreas se relacionam na atualidade. Desta forma, defende-se neste artigo que o ensino da História Local, no âmbito da Educação do Campo, precisa integrar as dinâmicas globais de apropriação dos recursos naturais, o que não fica evidente nos trabalhos analisados. Assim, pode-se desenvolver uma consciência histórica e socioambiental que valorize o passado e esteja preparada para os novos desafios futuros da Educação do Campo.</p>2025-09-16T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/23135CRISE DA HISTÓRIA PARA QUEM? A PRODUÇÃO HISTORIOGRÁFICA NEGRA E AS OUTRAS POSSIBILIDADES DE LEITURAS DO TEMPO2025-09-16T20:31:40+00:00Mariana do Nascimento Sousamarianascimento.sou@gmail.com Murilo Borges Silvamurilo_borges_silva@ufg.brPedro Henrique Borges Guimarães pedro_guimaraes@discente.ufg.br<p>O artigo analisa a chamada “crise da História” a partir da teoria do presentismo, de François Hartog, questionando sua suposta universalidade e argumentando que tal crise se refere, prioritariamente, ao esgotamento do modelo historiográfico eurocêntrico. Em diálogo com autores como Koselleck, Le Goff, Quijano e Mignolo, sustenta-se que a História, enquanto disciplina moderna, foi edificada sobre uma base colonial, elitistas e racializadas, responsáveis por marginalizar as experiências e memórias de povos negros e indígenas. Ao examinar as chamadas palavras-mestras, especialmente “memória” e “patrimônio”, o texto evidencia como esses conceitos se entrelaçam, marcando o afastamento das grandes narrativas e apontando para novas disputas em torno da construção do passado. Nesse contexto, destaca-se que os documentos coloniais não constituem registros neutros, mas sim monumentos do poder hegemônico que contribuíram para o silenciamento e a desumanização dos sujeitos negros. Como contraponto a essa lógica, o estudo valoriza a produção historiográfica de intelectuais negros, com ênfase na obra de Beatriz Nascimento, como forma de resistência epistêmica e ruptura com as narrativas coloniais. Conclui-se que a crise da História não deve ser compreendida como um fenômeno universal, mas como o colapso de um modelo excludente de escrita histórica. A emergência de perspectivas decoloniais e negras abre caminho para uma historiografia plural, crítica e comprometida com a reparação dos silenciamentos do passado.</p>2025-09-16T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/22961NARRATIVAS, EXPERIÊNCIAS E SABERES DOCENTES: RESSIGNIFICANDO O PATRIMÔNIO NA CULTURA LOCAL2025-09-16T20:31:41+00:00Bruna Mozini Subtil bruna_mozini@hotmail.comMiriã Lúcia Luizmirialuiz@gmail.com<p>Este artigo analisa as experiências e saberes produzidos por docentes dos anos iniciais do ensino fundamental durante o curso de formação “Patrimônio Cultural e História Local: o município de Mantenópolis em foco”, realizado entre junho e novembro de 2021. O curso teve como objetivo contribuir para a formação de professores que lecionam História na rede municipal de ensino de Mantenópolis-ES, promovendo a valorização da História local, dos bens culturais e dos espaços de memória. A partir da relação entre patrimônio cultural e trajetórias de vida, buscou-se fomentar práticas que incentivassem a ressignificação identitária e o conhecimento dos bens culturais materiais e imateriais do município. Para investigar o processo de aprendizagem das cursistas, foram analisadas três práticas didáticas: a produção de um memorial autobiográfico, a aplicação de um questionário online e a realização de entrevistas após a conclusão do curso. A metodologia da pesquisa pautou-se na observação histórica de Marc Bloch (2001). Os resultados indicaram uma transformação na percepção das professoras, que passaram de uma visão cristalizada do passado para uma compreensão do Patrimônio Cultural como lugares de afeto e saberes que possuem significado para uma comunidade.</p>2025-09-16T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19454TRANSIÇÃO POLÍTICA E CONTRARREVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA NO BRASIL: LUTA DE MASSAS E COOPTAÇÃO POLÍTICA DURANTE A FASE FINAL DO REGIME DITATORIAL (1974-1988)2025-09-16T20:31:41+00:00João Pedro Thimoteojoaopedro.thimoteo@yahoo.com.br<p>Buscaremos refletir, neste artigo, acerca do processo de transição democrática (1974-1988) que pôs fim aos 24 anos de regime ditatorial no Brasil. Do nosso ponto de vista, a transição foi fruto de um arranjo político que envolveu setores ditos “moderados” da ditadura e da oposição, em busca de uma nova forma de organização política que privilegiasse formas consensuais de dominação de classes, afastando-se da coerção que marcou toda a ditadura. Refletiremos, portanto, acerca das formas como o regime buscou neutralizar a atuação das oposições antissistêmicas, que tentaram alterar o projeto conservador de transição. Privilegiaremos o trato dado ao Partido dos Trabalhadores, por considerarmos o mais expressivo instrumento político construído pelas classes subalternas durante o período.</p>2025-09-16T19:14:25+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/22162IDENTIDADE E MEMÓRIA COLETIVA: REFLEXÕES SOBRE O MOVIMENTO NEGRO CONTEMPORANEO2025-09-16T20:31:42+00:00Matheus Goulart Tanhotemgoulart930@gmail.com<p>O texto propõe uma reflexão sobre memória e identidade coletiva, conectando essas questões ao movimento negro contemporâneo. Busca-se entender como a identidade racial e a coletiva foram transformadas pelos movimentos sociais, levantando o questionamento de como a identidade individual é moldada pelas novas concepções de raça e etnicidade promovidas pelo coletivo negro. Ao explorar o conceito de identidade para pessoas negras no século XXI, o texto por meio de uma revisão bibliográfica examina como a revalorização da memória negra é viável e quais novas possibilidades emergem, promovendo uma articulação entre raça e identidade que valoriza a história e cultura afro-brasileira.</p>2025-09-16T19:24:21+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/22866A GOVERNAMENTALIDADE NEOLIBERAL E OS DISPOSITIVOS DE INSEGURANÇA SOCIAL COMO SEU PARADIGMA2025-09-16T20:31:43+00:00Raphael Guazzelli Valerioraphael.guazzelli@ufpe.brMatteo Allegrezzamatteo.allegrezza@ufpe.br<p>O objetivo desse texto é analisar o conceito de <em>dispositivo</em> elaborado por Michel Foucault em conexão e dentro do conceito de <em>governamentalidade</em> neoliberal, partindo do pressuposto de que o neoliberalismo não é apenas uma ideologia ou uma política econômica, mas, precisamente, uma arte de governar, um “conjunto de discursos, práticas e dispositivos que determinam um novo modo de governo dos homens segundo o princípio universal da concorrência” (Dardot; Laval, 2016, p.17). Pretende-se, a princípio, demonstrar como o dispositivo é um paradigma das práticas de poder e dos processos de subjetivação para, em segundo lugar, analisar os dispositivos de insegurança social, especificamente neoliberais, como produtores de um sujeito determinado: o homem-empresa, produto do processo de assujeitamento dos indivíduos operado pelos dispositivos que compõem a <em>governamentalidade</em> neoliberal.</p>2025-09-16T19:34:56+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/22389FRONTEIRAS E CONVIVÊNCIAS: REPRESENTAÇÕES DE CRISTÃOS E MUÇULMANOS NA PENÍNSULA IBÉRICA MEDIEVAL NA HISTORIA DE LOS HECHOS DE ESPAÑA (1243) E NOS RELATOS DE VIAGEM DE IBN BATTUTA (1354)2025-09-16T20:31:45+00:00Lívia Maria Albuquerque Coutocouto.livia@gmail.com<p>O senso comum muitas vezes caracteriza as relações entre cristãos e muçulmanos na Península Ibérica medieval como exclusivamente conflituosas. No entanto, este estudo se propõe a investigar as interações políticas e culturais entre esses dois grupos na península ibérica medieval, destacando as dinâmicas de coexistência e negociação. Para isso, realizamos uma análise comparativa entre a Crônica <em>Historia de los Hechos de España</em>, de Rodrigo Jiménez de Rada (1243), e os <em>Relatos de Viagem</em> de Ibn Battuta (1354), aplicando a metodologia da história comparada (BARROS, 2014). A partir dessas fontes primárias, exploramos as representações de cristãos e muçulmanos, levando em consideração as perspectivas culturais distintas que elas expressam. Dessa forma, examinamos as estratégias diplomáticas e os acordos que favoreceram um intercâmbio cultural significativo, oferecendo uma visão mais equilibrada de um período frequentemente reduzido à ideia de rivalidade.</p>2025-09-16T19:43:12+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/22156A CARTA DE VENEZA E O PROGRAMA ICMS: REFLEXÕES SOBRE AS POLÍTICAS DE PRESERVAÇÃO CULTURAL2025-09-16T20:31:46+00:00Carolina Martins Saporetticarolinamartinssaporetti@gmail.comDanielle Aparecida Arrudadaniellehistjf@gmail.comIsadora Parreira Ribeiroisadoraribeiro909@gmail.com<p>Este artigo propõe uma leitura crítica sobre o conceito de patrimônio cultural ao longo do século XX, com foco na Carta de Veneza (1964) e sua influência nas políticas de preservação, especialmente no Brasil e no estado de Minas Gerais. Apresentam-se reflexões sobre os desafios contemporâneos na gestão e preservação do patrimônio cultural e a importância no desenvolvimento de novas estratégias que envolvam as comunidades locais, assegurando ao mesmo tempo, uma preservação responsável. Investigamos o Programa ICMS do Patrimônio Cultural de Minas Gerais e o desenvolvimento de inventários participativos na cidade de Juiz de Fora como exemplos práticos, demonstrando como os princípios da Carta de Veneza influenciaram essas políticas locais, considerando também suas limitações. </p>2025-09-16T19:53:02+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/22372CONTRIBUIÇÕES AO ENSINO DE HISTÓRIA DA ÁFRICA: LEVANTAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE MATERIAL DIDÁTICO LÚDICO SOBRE AS MULHERES DAOMEANAS2025-09-16T20:31:46+00:00Isabella Cristine Cesar dos Santosisabellacesar43@gmail.comMirian Cristina de Moura Garrido miriangarrido@hotmail.comAnna Romancene Dias da Silva annaromancene@gmail.com<p>A Lei 10.639 de 2003 e sua atualização, Lei 11.645 de 2008, torna obrigatório o ensino de História Africana, Afro-brasileira e Indígena na educação básica, porém tem caminhado em passos lentos nesses 20 anos, exigindo a permanente discussão sobre sua efetivação. Neste artigo, objetivamos a análise das pesquisas levantadas por meio da revisão bibliográfica, cujo tema central foi as mulheres do Daomé, assim como a produção de um jogo de tabuleiro como material didático, a fim de auxiliar atividades escolares no trabalho com a temática. Utilizando a metodologia do Estado da Arte (EA), analisamos o que se tem produzido sobre a temática discorrendo sobre suas lacunas, e amparamos, historiograficamente, a construção de um material didático lúdico. Diante do exposto, observamos a limitação de pesquisas sobre o Daomé e apresentamos um recurso lúdico destinado ao Ensino Médio baseada em um jogo de tabuleiro.</p>2025-09-16T20:03:48+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/22685AS DISPUTAS POLÍTICAS EM TORNO DO FORNECIMENTO DA CARNE VERDE NO PIAUÍ, NA SECA DE 1877-18792025-09-16T20:31:47+00:00Márcio Douglas de Carvalho e Silvamardouglascs@gmail.com<p>Em um cenário de crise social e econômica provocada por uma seca prolongada, que afetou o Ceará e o Piauí na segunda metade do século XIX, as disputas entre os políticos do Partido Liberal e do Conservador tiveram como um dos temas principais a destinação e o uso dos recursos para auxílio à população migrante, pelas Comissões de Socorros Públicos instaladas em várias localidades do Piauí. Nesse contexto, o fornecimento e o comércio de carne verde foram um dos principais alvos. Partindo disso, este texto tem como objetivo analisar as disputas políticas em torno do fornecimento e do comércio da carne verde no Piauí, na seca de 1877-1879, ocorridas por meio da imprensa piauiense. Para tal, utilizou-se como fontes principais os debates travados entre os representantes dos dois partidos nos jornais <em>A Imprensa </em>(Liberal) e <em>A Época </em>(Conservador), ao longo dos três anos de duração da seca, identificando como os interesses políticos e econômicos se cruzavam em meio a uma crise que afetava principalmente a população pobre local e emigrada.</p>2025-09-16T20:09:01+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/19416AS MEMÓRIAS DA INFÂNCIA NA OBRA OLHOS D'ÁGUA, DE CONCEIÇÃO EVARISTO2025-09-16T20:31:47+00:00Francisca Cibele da Silva Gomescs6445758@gmail.com<p>O presente artigo possui como objeto de estudo as narrativas sobre a infância que fazem parte da obra <em>Olhos d’Água</em> de Conceição Evaristo para analisar como as problemáticas construídas pela autora foram desenvolvidas dentro da produção literária. A metodologia se baseou inicialmente em um estudo bibliográfico, descritivo e explicativo sobre a relação entre a escrita ficcional e a construção das escrevivências, conceito cunhado pela escritora ao longo de suas obras. Para tanto, utilizou-se como conceitos as bases teóricas de Kilomba (2019), Evaristo (2005), Ribeiro (2021), ente outros intelectuais, para que fosse possível se debruçar sobre a construção narrativa dos contos: <em>Zaíta, esqueceu de guarda os brinquedos, Di lixão e Lumbiá</em>. Deste modo, foi possível concluir que a intelectual fez de sua escrita não somente o papel de denúncia das mazelas sociais e raciais, mas, também, a fez de porta-voz de protagonismos que incluíam os olhares da infância no decorrer da construção histórica e ficcional.</p>2025-09-16T20:13:48+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/22924ROGÓVIN, VADÍM ZAKHÁROVICH. HAVIA ALTERNATIVA AO STALINISMO? TOMO I. SÃO PAULO: EDITORA SUNDERMANN, 2023, 608 P.2025-09-16T20:31:48+00:00André Luis Amorim de Oliveiraandre13tl@gmail.com<p>RESENHA</p>2025-09-16T20:20:36+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da Históriahttps://trilhasdahistoria.ufms.br/index.php/RevTH/article/view/24192REVISTA COMPLETA2025-09-16T20:31:48+00:00Dolores Pugadolores.puga@ufms.br2025-09-16T20:29:08+00:00Copyright (c) 2025 Revista Trilhas da História