O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA (INCLUSIVA) EM CAMPO GRANDE/MS.

  • Joyce Braga UFMS
Palavras-chave: Necessidades Educacionais Especiais, Salas de Recursos Multifuncionais, Aprendizagem

Resumo

O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é voltado ao apoio pedagógico de alunos com necessidades educacionais especiais (NEE) e, já passou por diferentes nomenclaturas, bem como as legislações que foram sendo alteradas, por meio de emendas e resoluções, na tentativa de melhor implementação. À princípio, esse serviço era apenas oferecido nas escolas especializadas ou em instituições que prestavam também atendimento médico e social.

O AEE foi pela primeira vez mencionado na década de 80, “sendo a educação especial parte integrante da Educação que tem o intuito mediante ao atendimento educacional especializado, favorecer o desenvolvimento do educando com necessidades educacionais especiais”. (BRASIL, 1986. s/p).

Logo, além de formalizar, organizar e estabelecer esse atendimento, era necessário um espaço para implantá-lo, “ os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, deverão ser matriculados nos sistemas de ensino, em classes comuns do ensino regular e no AEE, oferecido em Salas de Recursos Multifuncionais (SRM)”. (BRASIL, 2009, s/p.).

De que maneira trabalhar tantas especificidades e ainda oferecer um atendimento de qualidade? Será possível desenvolver Educação Matemática nessas salas? Como se configura o (AEE), em Educação Matemática, para alunos com deficiência visual na perspectiva da Educação Inclusiva?".

Objetiva-se compreender, investigar, identificar e verificar as dificuldades encontradas pelos professores das SRM, sua formação pedagógica, como é capacitado, de que forma elabora material didático adaptado.

Para execução será adotada uma abordagem qualitativa utilizando como base a Etnografia, que “é um método de pesquisa advinda da antropologia, e tem por objetivo o estudo das sociedades e suas culturas”. (MATTOS, 2011. p. 60)

 Mediante a observação, entrevistas, pesquisa bibliográfica e documental, em Escolas da Rede Estadual de Ensino.

Para constituir a pesquisa, serão discutidos pressupostos teóricos como Nunes e Lomonaco (2004), que reiteram ser a educação, responsável pela transformação do indivíduo perante a sociedade, seja este deficiente ou não, e a educação do aluno com deficiência visual é marcada pela relação intrínseca com o AEE, capaz de suprir as necessidades especiais advindas da falta de visão e assegurar o ensino formal deste aluno. Em concordância com outro autor que afirma ser “a escola verdadeiramente uma Escola Inclusiva, quando caminhar com passos concretos para se tornar uma escola aberta e valorizadora da diversidade humana”. (GALVÃO, 2013. p.12)

Portanto, ao final desse estudo, espera-se entender o trabalho realizado nas SRM nas Escolas Estaduais de Campo Grande/MS, no campo da Educação Matemática, sendo especificamente abordado o AEE a alunos com deficiência visual e através da análise dos dados coletados possibilite alcançar o objetivo proposto e entender como é configurado. Compreendendo como foi implantado na rede estadual, como é organizado e, como funciona.  Bem como contribuir com as pesquisas realizadas pelo Grupo de Pesquisa 13 ou GT13 – Diferença, Inclusão e Educação Matemática, esse grupo faz parte da Sociedade Brasileira de Educação Matemática – SBEM.

Biografia do Autor

Joyce Braga, UFMS
Pós Graduação - Mestrado em Educação Matemática

Referências

BRASIL. MEC/CENESP. Portaria nº 69 de 28 de agosto de 1986. Brasília, DF. 1986.

________. CNE/CEB. Resolução nº4, de 02 de outubro de 2009. Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, na modalidade de Educação Especial. Brasília, DF. Diário Oficial de União, de 05 de outubro de 2009. Seção 1, p.17.

GALVÃO FILHO, T. A. A construção do conceito de Tecnologia Assistiva: alguns novos interrogantes e desafios. In: Revista da FACED – Entreideias: Educação, Cultura e Sociedade, Salvador, BA: Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia – FACED/UFBA, v. 2, n. 1, p. 25-42, jan./jun. 2013.

MATTOS, C. L. G. A abordagem etnográfica na investigação científica. In MATTOS, C. L. G., and CASTRO, PA. (org). Etnografia e educação: conceitos e usos [online]. Campina Grande, PB: EDUEPB, 2011. pp. 49-83. ISBN 978-85-7879-190-2. Available from SciELO Books. http://books.scielo.org.

NUNES, S. S.; LOMONACO, J. F. B. Desenvolvimento de conceitos em cegos congênitos: caminhos de aquisição do conhecimento. 2004.

Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pee/v12n1/v12n1a09.pdf. Acesso em 26 mai 2019.

Publicado
2019-09-15