Tratamento cirúrgico das fraturas condilares
Resumo
As fraturas em regiões de côndilos mandibulares são encontras com altas frequências, normalmente associadas as fraturas sinfisárias. Os principais fatores etiológicos às fraturas condilares são: quedas da própria altura, acidentes automobilísticos, agressões físicas, acidentes motociclísticos e esportivos. A redução e osseossíntese por fixação é indicada nos casos de fratura com deslocamento e luxação dos côndilos, lateral ou mesmo medialmente. Sendo assim, é objetivo do presente trabalho é relatar um caso de paciente do sexo masculino, 17 anos de idade, vítima de queda da própria altura após episódio de sincope, apresentando-se ao Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian com discreta assimetria facial, limitação de abertura bucal e dos movimentos excursivos mandibulares, alteração oclusal significativa bem como relato de dor acentuada em região pré-auricular bilateralmente. Aos exames de imagem foram contatadas fraturas em região de côndilos e parassínfise mandibular. Em virtude do grande deslocamento da fratura condilar a esquerda e a alteração oclusal optou-se pela redução e fixação das fraturas em côndilo esquerdo e parassínfise sob anestesia geral com prévia instalação da barra de Erich. No pós-operatório imediato até 15 dias decorridos da cirurgia o paciente permaneceu em bloqueio maxilomadibilar rígido com fio de aço e a após este período o fio foi substituído por elásticos mantendo agora o bloqueio semi-rigido até 45 dias do tratamento cirúrgico. Nos acompanhamentos pós-cirúrgicos o paciente encontra-se sem queixa e oclusão em posição. O tratamento das fraturas condilares configura-se como um desafio ao cirurgião buco-maxilo-facial em virtude não apenas da dificuldade da técnica cirúrgica, mas também da anatomia intrincada da região com inúmeras estruturas nobres. O tratamento empregado, até o momento, demonstra sucesso.
Palavras-chave: Traumatologia. Mandíbula. Diagnóstico. Terapêutica.
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