Trabalhar no turismo: entre afetos e (im)potências de agir

  • Kerley dos Santos Alves Universidade Federal de Ouro Preto
Palavras-chave: afetividade, satisfação, trabalho, turismo

Resumo

Diante da situação de fragilidades socioprofissionais busca-se discutir sobre o estatuto da relação entre satisfação e afetividade como dispositivo nas possibilidades ou não, de imergir a potência de ação dos trabalhadores do turismo. Numa breve exposição de considerações de Deleuze, Guattari e Espinosa, para pré ordenação de ações individuais e coletivas reais. Pode-se considerar que a reflexão ética acerca das afecções, da satisfação nas condições de trabalho pode promover uma abertura do ser humano às relações em prol da experiência dos encontros favoráveis e de uma busca que não se move por carência e insatisfação, mas por satisfação e plenitude.

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Biografia do Autor

Kerley dos Santos Alves, Universidade Federal de Ouro Preto
Pós doutoranda no Centro de Estudos sobre Democracia, Cidadania e Direito do Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra, Portugal. Doutora em Psicologia pela PUC-MG e pela Universitat Autonoma de Barcelona, Espanha. Professora Adjunta do Departamento de Direito, Turismo e Museologia e do Programa de Mestrado em Sustentabilidade Socioeconômica Ambiental da Universidade Federal de Ouro Preto, Brasil.

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Publicado
2019-04-27
Como Citar
Alves, K. dos S. (2019). Trabalhar no turismo: entre afetos e (im)potências de agir. Ateliê Do Turismo, 2(2). Recuperado de https://periodicos.ufms.br/index.php/adturismo/article/view/7478
Seção
ARTIGOS